Veja o que aconteceu na Campinas Tech em 2019!

2019 foi um ano muito produtivo para o Ecossistema Empreendedor de Campinas. Esse ano conquistamos o posto de cidade mais inteligente e conectada do Brasil na 5ª edição do Ranking Connected Smart Cities, destacando-se em áreas como economia, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança e mobilidade (Veja a matéria). Justamente por isso, estamos muito felizes pela Campinas Tech ter contribuído para que isso acontecesse.

Ao todo, esse ano foram mais de 2.500 pessoas impactadas com os nossos eventos e mais de 10 mil acessos em nosso site. São 250 empreendedores fazendo parte do nosso ecossistema, e cada um deles representou e contribuiu para que Campinas fosse um lugar melhor para empreender e para que conseguisse se destacar. Nosso muito obrigado membros Campinas Tech! Vocês fazem parte dessa história.

Para relembrar, selecionamos alguns momentos marcantes desse ano. Confira:

Nossa equipe cresceu!

Quem se lembra de antes da fusão Rede Global do Empreendedorismo (RGE) e Associação Campinas Startups (ACS)? Época quando ainda éramos todos voluntários e já acreditávamos no potencial de Campinas e em como o empreendedorismo pode ser um divisor de águas.

Hoje temos uma equipe pronta para trazer ideias novas, qualidade às operações e expandir o que fazemos. (Veja quem somos)

1º Corporate Innovation Forum foi realizado com sucesso

Impactamos mais de 100 pessoas em uma manhã de terça-feira em uma semana de feriado! Após esse evento convidamos nosso membro e amigo Menotti Franceschini para ser líder do Comitê de Corporate Innovation da Campinas Tech, um grupo que tem o propósito de promover a inovação aberta a partir da troca de experiências, além do fortalecimento da cultura de inovação e do ecossistema da região.

A 2ª edição do Corporate Innovation Forum já está confirmadíssima e acontecerá em março. Registre seu interesse para receber em primeira mão a data e os palestrantes.

Reunimos os melhores limões e fizemos uma grande limonada

8ª Conferência Campinas Startups
César Gon, da CI&T; X; Oswaldo Fernandes e Rosana Jamal, da Baita Aceleradora; e José Eduardo Azarite, da Venture Hub; durante trilha de Corporate Innovation na 8ª CCS | Foto: Divulgação.

Contamos com o apoio dos principais players de Campinas para a realização de 9 trilhas temáticas espalhadas pela cidade durante a manhã, trazendo conteúdo de altíssimo nível. No período da tarde contamos com speakers como Fábio Póvoa e Israel Geraldi. Foram mais de 300 pessoas focadas em trazer as melhores ideias para suas empresas!

Tivemos programas de mentorias!

Mentoria em Grupo com Ricardo Cardo, CEO da Enforce
Mentoria em Grupo com Ricardo Cardo, CEO da Enforce, em julho de 2019 | Foto: Campinas Tech

Esse ano colocamos 4 mentorias em ação e são elas: mentoria individual, pareada, avançada e Mentoria em grupo. Foram mais de 50 empreendedores recebendo mentorias qualificadas e diminuindo os riscos de sua startup! Quer saber saber mais detalhadamente sobre os programas de mentoria? Dá uma olhada nessa matéria que preparamos em agosto.

Se depois de tudo isso bateu aquele interesse em ser mentorado, não deixe de se inscrever e receber a sua mentoria! (Veja como e aplique-se).

O ano foi da Educação Empreendedora!

Talk Show Empreendedor no Anglo Paulínia
Talk Show Empreendedor no Colégio Anglo de Paulínia | Imagem: Campinas Tech.

Em 2019, Educação Empreendedora foi um dos principais motores da Campinas Tech para criar um ambiente empreendedor de impacto na cidade e região. A fim de estimular o empreendedorismo como opção de carreira, realizamos 5 edições do nosso tradicional Talk Show Empreendedor em escolas e universidades de Campinas e Região, onde empreendedores foram convidados para retornar à escola a fim de conversar com os alunos sobre suas trajetórias e inspirá-los para uma carreira de propósito.

Mas as ações de educação não pararam por aí. Em nosso site criamos uma seção de conteúdo para empreendedores, com o intuito de mapear o acesso a materiais de empreendedorismo que auxiliem interessados pelo tema a darem seus primeiros passos no assunto. São várias dicas de livros, podcast, vídeos, cursos, influenciadores, instituições e muito mais (confira esse hub de conteúdo).

Fica aqui o nosso agradecimento aos nossos voluntários que atuaram na frente de Educação Empreendedora. Sem eles, não teríamos impactado tantos jovens!

Hackeando no Hacktown

"Espaço Comunidades” no Hacktown
Equipe Campinas Tech, 3xbit e Share Rh no “Espaço Comunidades” | Foto: Campinas Tech

Em setembro, a Campinas Tech marcou presença na programação oficial do Hacktown 2019, em Santa Rita do Sapucaí - MG. O evento, um dos maiores e mais diversos festivais de inovação, tecnologia e economia criativa do país, contou com o “Espaço Comunidades”, sob nossa organização, onde discutimos sobre a importância dos ecossistemas de startups e o fomento de empreendedorismo de impacto com vários atores do universo empreendedor no Brasil.

Aqui no blog, registramos como foi nossa experiência antes e depois do festival, no artigo “Vale da Eletrônica: breve relato sobre o procedimento de visitação técnica”, no qual nossa equipe contou como foi conhecer a cidade e os primeiros preparativos para nossa ação no festival; e o “O que fizemos e aprendemos no Hack Town?”, onde nossa equipe contou tudo o que vivenciou e aprendeu no evento. Não deixe de conferir e fique ligado, porque em 2020 tem mais!

Aprendendo a captar investimentos sem sair de casa

No segundo semestre nossos voluntários da frente de Acesso a Capital colocaram em prática um projeto audacioso: promover lives quinzenais com investidores e empreendedores (com cases de sucesso na captação de investimentos) para um bate papo com perguntas e respostas ao vivo. O projeto ainda está em fase beta, mas vale a pena acompanhar! Confira a última live realizada neste ano:

Após esse ano incrível, só nos resta a agradecer aos nossos patrocinadores e membros por acreditarem em nosso propósito e por fazerem parte da nossa história! Nos vemos em 2020 com muitas novidades!


Redação por:
Maíra Rodrigues, da Campinas Tech.

Apoio e revisão:
Felipe Trevisanutto, da Campinas Tech.

Cerveja e Empreendedorismo? “Dá match”!

Engenheiro Agrônomo, Gustavo Barreira é hoje o empreendedor por trás da Companhia Brasileira de Cerveja Artesanal (CBCA) e com ela almeja ser o principal case de cervejas artesanais do Brasil.

Gustavo Barreira, CEO da CBCA
Gustavo Barreira, CEO da CBCA - Companhia que tem as cervejas Leuven e Schornstein no portfólio | Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação.

Com formação em Engenharia Agronômica pela ESALQ-USP e pós-graduação na área de Finanças pelo Insper, Gustavo iniciou sua carreira no Citibank como trainee, no qual permaneceu por sete anos. Após esse período, migrou para a área financeira de grandes empresas como a Votorantim Celulose e Papel, além de controladoria de fundos de Private Equity.

Todo o conhecimento e experiência adquirida ao longo desses anos no setor corporativo fez com que o empreendimento na cervejaria Leuven, em 2015, fosse natural. Após um crescimento médio anual de 90% desde então, a marca se fundiu com a cervejaria Schornstein, resultando na Companhia Brasileira de Cerveja Artesanal - CBCA, onde hoje Gustavo atua como CEO.

Este ano, Gustavo Barreira foi um dos convidados da 8ª Conferência Campinas Startups, onde nos contou um pouco de sua trajetória e de seu dia a dia empreendendo no setor de cervejaria. Aqui, ele nos concede uma entrevista para relembrar como foi esse bate papo.

1 - Como você começou a empreender?

Sempre me senti motivado trabalhando em grandes projetos nas empresas por onde passei, mas me sentia pouco motivado quando caía na rotina. Sempre tive uma necessidade de realizar, construir algo e portanto a minha migração para a Leuven foi preparada e natural.

2 - Houve um “momento de virada” na construção do seu negócio?

A Leuven vinha crescendo desde 2015 e em 2017 precisávamos expandir, mudar a fábrica e adquirir equipamentos. Estudamos diversas formas de financiar o crescimento, considerando dívida ou mesmo um grande investidor. Mas nenhuma brilhava os olhos. Foi quando tivemos a sacada de fazer um financiamento coletivo e quase que ao mesmo tempo, a CVM emitiu a instrução 588 que regulamentava o equity crowdfunding no Brasil. Sem que tivéssemos um histórico desta operação com cervejarias, nos lançamos neste projeto e o resultado foi incrível, captamos R$1,5M, em 8 dias, recorde de volume e velocidade na época. Isso nos deu força, criou uma comunidade incrível e me fez começar a desenhar o plano da CBCA.

3 - Poderia detalhar um pouco mais a sua trajetória empreendedora?

Sempre empreendi em grandes empresas, o que é completamente diferente de empreender com capital próprio. Começamos na Leuven em 2015, a princípio tocando como um segundo negócio, enquanto eu me preparava para me dedicar 100% à ela.

4 - Quais foram os principais desafios que você precisou vencer ao longo desta trajetória?

Montar um time forte e acesso a capital a custos competitivos. Dois grandes gargalos do nosso país.

5 - E como esses desafios foram enfrentados?

Capacitando aos poucos as pessoas dentro de casa e via o equity crowdfunding.

6 - Quais as dicas que você dá para quem deseja iniciar um novo negócio?

Montar um plano de negócios, ter clareza de onde se quer chegar e dos riscos envolvidos. Se preparar para ser resiliente, isso é fundamental.

7 - Tem planos para sua trajetória empreendedora? Como se imagina ou quer estar no futuro?

A CBCA já é uma realidade e em breve deve crescer com novas aquisições. Pretendemos ser o principal case de cervejas artesanais no Brasil, oferecendo produtos de alta qualidade, marcas premiadas, a preços justos, para consumidores em todo Brasil. Unir o Brasil pela boa cerveja.

8 - Em resumo, qual foi a mensagem que você quis passar na 8ª Conferência Campinas Startups?

O sentimento de realização na vida empreendedora é incrível, mas devemos estar preparados para ser criativos, inovadores e buscar rotas que nossos competidores não enxergam ou não conseguem executar.

9 - Você considera que Campinas é um bom lugar para os que desejam iniciar um novo negócio?

Sem dúvida. Cidade grande, com poder aquisitivo, acesso a boas rodovias e universidades de boa qualidade.

10 - Na sua visão, o que a cidade oferece ou deveria oferecer como atrativo aos empreendedores?

Incentivos tributários, formas de capacitação de mão de obra. Mas não transfiro essa responsabilidade apenas para o poder público. O empresário pode contribuir e desenvolver bons projetos a quatro mãos.

11 - De que forma você vê iniciativas como a Campinas Tech no fortalecimento do empreendedorismo nas cidades?

Diferente de anos atrás, o Brasil vive hoje um ambiente favorável ao empreendedorismo e acesso a capital. A oportunidade de escutar cases de empreendedores nos motiva e traz insights para aprender com o erro dos outros e compartilhar os nossos.


Entrevista, redação e revisão:
Felipe, da Campinas Tech.

 

Momento certo, foco e resiliência: a trajetória empreendedora de Ricardo Corrêa com a Ramper

Profissional de marketing e vendas B2B com mais de 12 anos de atuação no mercado de software, Ricardo Corrêa hoje desponta no comando da Ramper, negócio criado por ele em 2016 e uma das startups de mais rápido crescimento no Brasil.

Ricardo Corrêa, CEO e cofundador da Ramper | Foto: Arquivo Pessoal

1 - Como você começou a empreender?

Eu comecei a empreender em 2012, quando vi que a indústria de marketing e vendas do Brasil passaria por uma transformação (que de fato veio a acontecer) e eu poderia ser protagonista desse movimento. Como eu já tinha acumulado conhecimento e networking o suficiente até ali, decidi arriscar. Foi aquela máxima “a sorte acontece quando a oportunidade passa e você está preparado pra ela”.

2 - Houve um “momento de virada” na construção do seu negócio?

Durante o período em que estava encerrando o meu primeiro negócio (Siteina) e iniciando o segundo (Ramper). Eu senti na pele e no bolso a dor que é desconstruir um negócio no Brasil e conheci o lado realmente difícil de empreender. Ao mesmo tempo, precisei me manter otimista para fazer o novo negócio dar certo, mesmo quando todas as probabilidades me mostravam o contrário. Após algum tempo, eu provei estar certo na concepção da Ramper e consegui sair do outro lado muito melhor do que eu entrei.

3 - Poderia detalhar um pouco mais a sua trajetória empreendedora?

De 2006 à 2012 eu trabalhei na área de marketing de algumas empresas de software - ganhei experiência, desenvolvi relacionamentos, construí times e realizei alguns projetos bem sucedidos que me encorajaram a empreender. Em 2012, vi que muitas empresas precisavam do que eu sabia fazer e a melhor forma de capturar essa demanda era criando um negócio. Abri a Siteina, uma consultoria de marketing digital especializada em empresas de tecnologia. Atendemos, ao longo de 5 anos, quase 200 empresas B2B.

Em 2016, na busca de desenvolver um produto/software, chegamos na ideia da Ramper. Assim como na primeira vez que empreendi, vi que o mercado passaria por uma transformação e decidi criar um segundo negócio para capturar a oportunidade. Na segunda, fiz muito melhor do que na primeira.

4 - Quais foram os principais desafios que você precisou vencer ao longo desta trajetória?

No primeiro negócio (Siteina), foram muitos desafios pessoais de fazer as primeiras contratações/demissões, estar na linha de frente dos clientes e aprender a administrar um negócio e suas várias nuances - vendas, atendimento ao cliente, financeiro etc. Tudo isso ao mesmo tempo que precisava amadurecer como profissional.

O segundo negócio (Ramper) foi beneficiado com os aprendizados do primeiro, mas trouxe vários novos. Precisei aprender a criar processos mais escaláveis, contratar e gerenciar times maiores, lidar com investidores e um negócio que opera com um volume muito maior que o anterior.

5 - E como esses desafios foram enfrentados?

Nos primeiros anos, eu aprendi da forma mais empírica o possível - errando, dando cabeçadas. Sofri bastante, mas aprendi muito. Na Ramper, vi que eu seria ainda mais desafiado e os erros poderiam custar muito caro, por isso passei a estudar mais - atualmente, leio mais de 20 livros por ano - e a consultar outros empreendedores que estão em estágios mais avançados do que eu para aprender com eles. Desde o início da Ramper, comecei a palestrar e me engajar com iniciativas educacionais, e isso me forçou a estudar muito. Ler livros e conversar continuamente com pessoas da sua área são hábitos que recomendo para todo empreendedor.

6 - Quais as dicas que você dá para quem deseja iniciar um novo negócio?

Na hora de iniciar um negócio, procure encontrar equilíbrio entre razão e paixão. O negócio precisa fazer sentido a ponto de você conseguir capitalizar uma competência sua resolvendo um problema de mercado - a conta financeira precisa fechar. Contudo, se for só grana e não tiver paixão envolvida, você certamente vai desistir no caminho.

7 - Tem planos para sua trajetória empreendedora? Como se imagina ou quer estar no futuro?

Claro - todo empreendedor deve ter planos, caso contrário ele cria um negócio de sobrevivência que apenas consome tempo e energia. Acredito que a Ramper ainda vai muito longe - conquistar o mercado local, e partir para o mercado global. Como empreendedor, além da realização da Ramper, espero ainda contribuir muito com o cenário brasileiro de empreendedorismo e ajudar muitos outros empreendedores em suas jornadas.

8 - Qual foi a mensagem que você quis passar na 8ª Conferência Campinas Startups?

A mensagem que eu quis passar é que muita gente vê o lado romântico e glamoroso de empreender - e, de fato, a causa é muito nobre. Contudo, existem muitos desafios e riscos envolvidos na jornada. Estou há quase 8 anos empreendendo e ainda me sinto muito distante de onde quero e posso estar - isso nos dá uma noção de quanto tempo e dedicação é preciso aplicar.

9 - Você considera que Campinas é um bom lugar para os que desejam iniciar um novo negócio?

Eu acredito que sim. A cidade tem boas universidades, entidades de fomento, startups de sucesso e novos negócios borbulhando. Tudo isso cria um ambiente fértil e propício para criação de novos negócios.

10 - Na sua visão, o que a cidade oferece ou deveria oferecer como atrativo aos empreendedores?

Acredito que a minha resposta não se aplica apenas à Campinas, e sim de uma forma geral no Brasil. A melhor forma de ajudar os empreendedores é reduzindo a carga de tributos, encargos e burocracia.

11 - De que forma você vê iniciativas como a Campinas Tech no fortalecimento do empreendedorismo nas cidades?

São as iniciativas como o Campinas Tech que ajudam a alinhar os atores envolvidos em um ecossistema de empreendedorismo e dão narrativa da história. São o epicentro de um ecossistema.