
Não é de hoje que a diversidade no ambiente corporativo é um assunto comentado. A todo momento, pipocam conteúdos, eventos, dados que mencionam essa reivindicação. Por que a insistência? Bom, o motivo é simples: já está mais do que na hora de pensar (e aplicar) a diversidade em sua empresa.
No Brasil, por muito tempo, a diversidade era tabu.
Nas empresas, especialmente em cargos administrativos e posições de destaque, era raro que o demográfico fugisse de um certo padrão. Um padrão você, leitor ou leitora, deve imaginar qual é.
“E por que isso é um problema?” muitos podem se perguntar.
Bom, eu respondo: a falta de diversidade cria precedentes perigosos e, de certa forma, marginaliza àqueles e àquelas com capacidades de ocupar quaisquer vagas, mas não podem.
E o motivo é exclusivamente, conscientemente ou inconscientemente, sua cor, seu gênero, sua sexualidade, sua origem, etc. Ou seja, nada a ver com mérito.
Isso cria uma cultura viciosa e prejudicial a todo mercado de trabalho. A prova disso? De acordo com o Boston Consulting Group, empresas que abraçam a diversidade em seu C-Level, apresentam receita até 19% que as que recusam essa filosofia corporativa.
E acredite em mim: esse é só um dos benefícios da diversidade em sua empresa.
O impacto da diversidade na sua empresa
Afinal, você já parou para pensar porque empresas que apostam na diversidade apresentam resultados tão impactados como esse que citei acima?
É uma questão de experiência. Na verdade, experiências. A união de mentes diferentes promove um ambiente capaz de produzir e compartilhar conhecimentos distintos.
Não à toa, de acordo com uma pesquisa de Josh Bersin, um ambiente diversificado leva à inovação. Essas empresas têm uma chance 1.7 vezes maior de serem líderes dos seus setores que as outras.
E isso se reflete em outros pontos, como a tomada de decisão. Profissionais com diferentes backgrounds possuem know-how bastante distinto. Situações de vida, desafios, obstáculos. Tudo isso agrega.
E de acordo com a Cloverpop, 87% dos times diversificados perfomaram melhor que outras equipes mais unifacetadas.
Portanto, é bastante evidente o peso da diversidade nas empresas. Além disso, trata-se de assumir para o próprio ambiente corporativo um espírito democrático e justo, que leva em conta competência e mérito.
No entanto, é preciso fazer uma ressalva: a diversidade não se restringe apenas à parte operacional do seu negócio.
Os graus da diversidade: do estagiário à chefia
Em vários contextos, o discurso da diversidade é meramente uma fantasia. E apesar dessa minha frase soar forte, ela é verdadeira: quantas empresas você já viu com minorias ocupando apenas cargos “inferiores”?
Aliás, vale ressaltar que a presença de força de trabalho diversificada é muito boa. De acordo com dados da McKinsey, empresas com operacional diversificado performam melhor que seus competidores.
Porém, enquanto o C-Level for dominado pelo mesmo demográfico, as coisas tendem a estagnar em pouco tempo.
É por isso que se vê surgindo, em várias empresas, programas que estimulam a liderança de minorias. Ou seja, iniciativas internas que buscam criar os espaços — e qualificar as pessoas certas e diversificadas — para ocupar posições de impacto.
E aqui, falamos de gerentes, diretores e presidentes. Tomadores de decisão.
O segredo para abraçar a diversidade na sua empresa
E afinal, como fazer isso dar certo? É uma dúvida que ouço muito de colegas gestores.
Creio que o principal seja admitir o problema: a falta de diversidade. E que esse problema causa prejuízos, como os dados mostraram. Como resolver, portanto? O pilar da mudança está no tratamento:
Processos seletivos mais humanizados, menos enviesados e mais imparciais — e que respeitem as necessidades de cada um. Por exemplo, uma entrevista com um cadeirante deve ser em um local de fácil acesso. Já com uma pessoa surda, a presença de um intérprete de libras é necessário.
Tudo isso começa com o respeito a todos, independente de suas características, credos ou origens. Essa deve ser uma das Missões da empresa.
Colaboradores socialmente conscientes cujas atitudes deverão refletir no comportamento da empresa.
É importante, ainda, que essa atitude de abraço à diversidades se reflita no ambiente de trabalho. As pessoas devem ser livres para serem si mesmas, com o conforto necessário para mostrar do que são capazes.
Muitas vezes, é a falta desse aspecto que torna as empresas fechadas em filosofias antiquadas.
E claro, uma coisa que percebo e que deve ser feita, é oferecer continuidade a esse pensamento. Que a diversidade seja um pilar do seu negócio, não apenas uma onda derivada de uma tendência, entende?
E então, que tal começar agora a aplicar a diversidade em seu local de trabalho? Conte suas dicas aqui embaixo, nos comentários!
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Texto por:
Redação da Pipehline Services.
(este texto foi duplicado e originalmente publicado no blog da Pipehline Services)