5 plataformas de cursos online para você estudar na quarentena

5 plataformas de cursos online para você estudar na quarentena | Foto por Freepik.

A educação a distância está revolucionando o nosso jeito de aprender! Com o avanço da tecnologia, foi possível levar a sala de aula para diversos lugares. Afinal, nada melhor do que poder escolher onde e em qual horário estudar, cabendo dentro da sua rotina.

Esse, não tão novo, modelo de ensino, chegou aos alunos de escolas, universitários, profissionais que buscam por qualificação, pessoas que procuram por cursos livres, novos temas etc.

E, com a chegada da quarentena, fomos obrigados a nos adaptar a um novo estilo de vida , onde as plataformas de cursos online ficaram no topo da lista de muitas pessoas.

Então, se você ainda tem dúvidas onde encontrar cursos online, separamos 5 plataformas de para você estudar na quarentena. Acompanhe aqui!

5 plataformas online de cursos para você estudar

Existem diversas plataformas de cursos online disponíveis na internet, algumas são pagas, outras gratuitas. Algumas oferecem certificados, outras não. Por isso, confira algumas indicações!

1. Alura

Se você gosta e quer aprender mais sobre tecnologia, inovação e negócios, conheça a plataforma Alura. Ela é a maior plataforma brasileira de cursos de tecnologia com conteúdo 100% em português. Veja as categorias que você pode encontrar na plataforma:

  • Mobile;
  • Programação;
  • Front-end;
  • Infraestrutura;
  • Design & UX;
  • Marketing Digital;
  • Data Science;
  • Inovação & Gestão.

Nos cursos, você terá aulas em vídeo, exercícios práticos, projetos e uma sala para discutir e compartilhar informações. Tire suas dúvidas no fórum, interagindo com diversas pessoas! Aqui, você não estuda sozinho!

Os cursos oferecem certificados para você dar aquele UP no currículo.

2. Udemy

Na plataforma de cursos online da Udemy, você encontra um portfólio imenso! Para você ter uma ideia, eles acrescentam, em média, 800 novos cursos por mês (incrível, né?). Os valores são bem variados e, às vezes, é possível até mesmo encontrar cursos gratuitos.

Esse número volumoso de cursos ofertados, se dá ao fato de que qualquer pessoa pode criar um curso e colocar na plataforma. Mas, calma! Você consegue verificar o feedback de alunos que já fizeram cada curso para ter a certeza de que vai acompanhar um curso bacana.

As principais categorias são:

  • Desenvolvimento;
  • Negócios;
  • TI e Software;
  • Design;
  • Marketing;
  • Desenvolvimento pessoal;
  • Fotografia;
  • Música.

A maioria oferece certificado ao término do curso.

3. Rock University

A Rock University é a plataforma de cursos online da Rock Content, pioneira e líder de mercado de Marketing Digital. Você encontra cursos essenciais para aperfeiçoamento dentro das diferentes áreas do Marketing.

Os professores são grandes especialistas do mercado!

Na plataforma, você encontra cursos online gratuitos com certificados e cursos pagos. Porém, sendo gratuito ou pago, para conquistar o certificado, é necessário fazer uma prova e ter a média acima de 7. Portanto, estude para valer e dê aquela turbinada no seu currículo.

Alguns principais cursos gratuitos são:

  • Marketing de Conteúdo;
  • Produção de Conteúdo para Web;
  • Inbound Marketing;
  • Outbound Marketing & Sales;
  • Revisão de Conteúdo para Web;
  • WordPress na prática;
  • Copywriter;
  • E muito mais!

4. Hotmart Academy

Se você quer criar um curso online, a Hotmart te ajuda! A Hotmart é uma plataforma de cursos online. E, com o passar do tempo, entendeu a necessidade dos seus clientes sobre como produzir um conteúdo digital e criou um curso focado nesse público.

Com um curso para empreendedorismo digital, você aprende o passo a passo do processo de como criar, divulgar e vender online. Você constrói um negócio digital sendo afiliado ou produtor.

Aprenda com grandes especialistas e, ainda, tira a certificação de forma gratuita. Já são mais de 150 mil alunos cadastrados, mais de 40 mil certificados emitidos e mais de 80 aulas de aprendizado gratuito.

O que você vai aprender na Hotmart:

  • Laboratório e Pesquisa;
  • Vendas e Divulgação;
  • Métricas e Resultados;
  • Gestão e Negócios;
  • Linguagem e Conteúdo.

Aprenda com qualidade e chegue lá!

Se você deseja criar e vender seus cursos online, confira algumas dicas de como vender no WhatsApp!

Além disso, saiba como uma plataforma de pagamentos online pode ajudar na gestão financeira do seu negócio de forma recorrente.

+ Leia também: O que é recorrência e como funciona esse modelo de pagamento.

5. Veduca

Na plataforma da Veduca, você encontra cursos de MBA, extensão e livres. São cursos completos com acesso vitalício e com certificado após a conclusão.

Aprenda com especialistas da USP, FIA, IBMEC e outros. Já são mais de 1,4 milhões de alunos inscritos nos 42 cursos online disponíveis.

A plataforma é dividida por algumas categorias, confira:

  • Gratuitos;
  • Trilhas e Programas;
  • Gestão;
  • Carreira;
  • Inovação;
  • Finanças e Ciências Exatas;
  • Inteligência Emocional.

Bonus:


Redação por:
Natalie Angotti, copywriter e redatora da Vindi.

Confira 4 dicas para sua equipe vender no home office

4 dicas para sua equipe de vendes no home office
4 dicas para sua equipe de vendes no home office | Foto por yanalya no Freepik.

Durante o isolamento social causado pela pandemia do COVID-19, as empresas precisaram adaptar toda a operação e, principalmente, a forma de vender. Com os funcionários trabalhando de casa surgiram diversas dúvidas e, uma delas, foi sobre como fazer um time de vendas bater as metas em um ambiente totalmente diferente.

Por isso, separamos 4 dicas para ajudar os gestores nessa missão. Confira a seguir.

1. Qualidade do ambiente de trabalho

Primeiro de tudo, é preciso garantir qualidade para que os funcionários trabalhem de casa, sejam eles do time de vendas ou não.

Algumas empresas enviaram os notebooks e as cadeiras para as casas dos colaboradores. Outras fizeram testes de todas as ferramentas que são utilizadas no escritório, por exemplo, a telefonia, tão essencial para a equipe comercial.

E colher os feedbacks dessas ações para validar a nova estrutura é essencial para melhoria constante do processo, que precisou mudar bruscamente em meio a toda essa crise.

2. Fortalecer o trabalho em equipe

Os times que atuam na área comercial são conhecidos pelo calor humano. Os vendedores são intensos e é sempre uma área bem agitada. Por isso, é importante utilizar técnicas que fortaleçam esse clima mesmo de longe.

A confiança mútua entre líder e liderados deve ser reforçada e o gestor deve se mostrar presente para diversas questões. Afinal, um bom trabalho também depende da qualidade da saúde mental dos funcionários e a liderança precisa ficar atenta a esses pontos.

A comunicação também é um ponto de extrema importância para fortalecer o trabalho em equipe. É preciso estar mais atento aos canais utilizados e ter mais empatia na hora de mandar e responder mensagens.

3. Redefinição de prioridades e metas

O home office não é comum para equipes comerciais. Por isso, é preciso redefinir as prioridades e as metas quando o cenário não é mais o escritório. E, o time também deve fazer parte dessas definições. Afinal, as novas prioridades vão sendo descobertas junto com a nova rotina.

Além disso, os indicadores chave de performance precisam estar claros, além de fazer o acompanhamento diário dos leads em um CRM, é interessante criar uma planilha onde o time todo consegue ver o andamento de KPI’s.

4. Mantenha os rituais

Seu time fazia daily no escritório? Esse alinhamento diário é importante, às vezes até mais, quando estamos trabalhando de casa. Defina um horário confortável para essa reunião e peça para que todos liguem as câmeras, isso torna o ambiente mais pessoal.

Outra dica muito bacana é inserir uma cerimônia ao final do dia, de poucos minutos, para saber como o time está, um bate-papo descontraído para que as pessoas sintam-se mais acolhidas.

Ter um time alinhado com as metas, com a cultura da empresa e um gestor preocupado com a saúde mental desses colaboradores são dicas essenciais para alcançar o sucesso em vendas, mesmo em tempos difíceis.

Para ajudar ainda mais nesta transição, nós da Vindi preparamos um kit especial com três materiais:

  • Uma live com nossa Head Comercial, Alexandra Papangelacos, contando um pouco mais sobre como foi essa mudança na Vindi;
  • Um podcast sobre como começar a estratégia inside sales na sua empresa;
  • E um artigo sobre como escolher o modelo de vendas ideal para o seu negócio.

Clique na imagem abaixo para ter acesso ao material.


Redação por:
Mariana Cremonesi, redatora na Vindi.

César Gon concorre a “Empreendedor do Ano Global”, saiba como ajudar

César Gon, fundador e CEO da CI&T, e Empreendedor do Ano 2020 pela EY no Brasil | Foto: Divulgação.

Um dos maiores nomes do nosso ecossistema, César Gon - fundador e CEO da CI&T - foi eleito em outubro de 2019 como o Empreendedor do Ano pela Ernst & Young (EY) no Brasil. O empreendedor concorreu ao prêmio Master com outros cinco grandes empresários brasileiros e agora representa o país na disputa pelo título global.

Genuinamente campineira, a CI&T é uma multinacional brasileira de soluções digitais, com trajetória semelhante às gigantes do Vale do Silício: a empresa começou com Gon e mais dois amigos em uma garagem. No comando da empresa desde então, César é uma inspiração para qualquer empreendedor e motivo de orgulho para o ecossistema empreendedor de Campinas.

+ Conheça um pouco melhor da história de César Gon em nosso ebook “Somando, Multiplicamos”, com a história dele e de outros grandes empreendedores do nosso ecossistema.

Hoje, mais de vinte anos depois de criar a empresa, o empreendedor representa o Brasil na etapa mundial do EY Empreendedor do Ano. Nesta etapa ele disputa o voto popular com empresários de todo o mundo.

A cerimônia de anúncio será online e acontece no próximo dia 04 de junho, às 15:00 horas pelo horário de Brasília.

Para votar, é muito simples, é só seguir os seguintes passos:

  • Acesse o perfil do César Gon na página oficial do evento (clique aqui);
  • Vá até o final da página e clique em “Vote Now”;
  • Selecione “Yes, I consent”;
  • Clique “Next”;
  • Selecione o César Gon;
  • Vá até o final da página e clique em “Submit”.

Dessa forma, você pode seguir votando quantas vezes quiser e nos ajuda a trazer esse título para o Brasil e Campinas! Por isso, contamos com o apoio e voto de todos.

Até lá, que tal acompanhar um trechinho do último Master Guide, onde César Gon compartilha um pouco da sua visão acerca do papel do CEO em uma empresa:

A próxima mentoria acontece dia 15 de junho, e contará com Gisele Paula, cofundadora do Reclame Aqui, mentorando os participantes sobre Customer Experience. Não perca!


Redação por:
Felipe, da Campinas Tech.

Você sabe o que é Inovação Aberta?

Foto por peoplecreations no Freepik.

Assunto de extrema importância para grandes corporações, startups, estudantes, universidades, investidores e tantos outros players, o conceito de Inovação Aberta - ou Open Innovation - defende uma abordagem de inovação mais descentralizada, envolvendo diversos stakeholders.

A proposta é que as empresas se abram para o mercado com o propósito de cooperar com o contexto em que estão inseridas. Assim, tornam-se preparadas a mudar seu mindset, cultura, processos e, consequentemente, criar produtos e serviços que sejam assertivos e benéficos tanto para a empresa quanto para o ecossistema ao seu redor.

Esse novo conceito de inovação foi criado por Henry Chesbrough, professor da universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, e autor de um livro com o mesmo nome publicado em 2003. Seu livro possui uma abordagem de inovação mais bem-distribuída entre os stakeholders, mais participativa e mais descentralizada.

Para o autor, a “inovação aberta é o uso de fluxos de conhecimento internos e externos para acelerar a inovação interna e expandir os mercados para o uso externo de inovação, respectivamente”. Os benefícios de ter uma cultura de open innovation incluem:

  • Redução do tempo entre desenvolvimento e comercialização
  • Abertura de novos mercados
  • Diminuição de custo em diversas etapas
  • Geração de ideias e base de conhecimento
  • Democratização de acessos a ideias
  • Promoção de networking
  • Inovação para produtos/serviços já existentes

O conceito provou seu valor e Chesbrough conta que, antes de publicar seu livro sobre o tema, fez uma busca pela expressão “Open Innovation” no Google e a ferramenta retornou cerca de 200 resultados. Em 2010, fez novamente a mesma busca e obteve 13 milhões de links.

Veja algumas formas de implantar a Inovação Aberta em sua empresa

Eventos e programas com startups

Os eventos de startups são situações perfeitas para ver o que está surgindo de novo no mercado e quais são as tendências para o seu setor, além de conhecer novas pessoas e até pensar em possíveis parcerias.

Inovação interna

Para sensibilizar os colaboradores para a inovação, é interessante lhes proporcionar treinamentos, workshops e encontros criativos. Os colaboradores vão precisar de momentos livres para exercerem seus papéis de geradores de ideias e cocriadores em todas as etapas do processo de inovação. Dessa forma, eles se sentirão importantes no contexto e vão internalizar a cultura de inovação em seus cotidianos.

Inovação com clientes

Implantar um Programa de Ideias com a participação de pessoas externas à organização – como clientes, fornecedores e até mesmo a comunidade em geral.

Quando a empresa abre um canal para receber ideias externas, ela recebe diretamente o feedback dos seus parceiros, podendo receber insights valiosos sobre como os seus produtos e processos são percebidos externamente.

 

Para te auxiliar neste processo de mudança de cultura e adesão à inovação aberta, a Venture Hub - aceleradora e importante ator do nosso ecossistema - preparou e disponibilizou um canvas para ajudar empresas a estruturarem suas estratégias e projetos de inovação. Confira:

Para saber mais e ter acesso ao quadro ampliado, clique aqui!

Desde 2019, a Campinas Tech reúne algumas das empresas mais inovadoras da região e hoje mantem um comitê de Corporate Innovation. O grupo vem com o propósito de promover a inovação aberta a partir da troca de experiências, além do fortalecimento da cultura de inovação e do ecossistema da região. Nesta entrevista com Menotti Franceschini, líder do comitê, você saberá como!


Participe do Comitê Campinas Tech de Corporate Innovation! Entre em contato pelo e-mail contato@campinas.tech, ou então nossas redes sociais.


Redação:
Maíra R. Arruda, da Campinas Tech.

Mindset Startup – O manifesto Nano Incub

Imagem: Divulgação/Nano Incub

Em 2008 eu fechei meu primeiro projeto digital com um cliente.

Na época, um site institucional para uma loja de skate.

Eu estava no meu curso técnico de Sistemas de Informação, aprendendo a programar e com uma fome insana de aprender e evoluir a cada dia na área.

De lá pra cá aconteceu MUITA coisa, me envolvi em mais de 200 projetos digitais, abri empresa, fechei empresa, tive lucros, tive prejuízos, montei time, desmontei time, vendi muito e, principalmente, aprendi em 10 anos o que talvez não aprenderia em 30 se tivesse seguido outro rumo que não o ‘empreendedorismo no meio digital’.

Hoje somos a Nano Incub, uma empresa que cresce a cada dia, com uma carteira de clientes sonhada por muitos e com um time super engajado, motivado e com vontade de fazer as coisas acontecerem… Mas nem sempre foi assim.

É fácil ter sucesso com uma Startup?

O mundo das startups digitais sendo visto pelo lado ‘de dentro’ não é nada glamouroso, fácil ou lucrativo desde seu Day One.

Há dificuldade em montar time, em conseguir realizar os projetos que se vende, em não se envolver com gente que só quer tirar proveito do que você sabe, em lidar com a imaturidade de gestão, liderança, vendas, programação, design, pós-venda, atendimento e, principalmente, com pessoas.

Porém, (que bom que existe esse ‘porém’) se você persevera, acredita, se mantém firme em seu propósito, a coisa vai acontecendo, os projetos vão sendo entregues, aos poucos pessoas boas vão sendo atraídas para o seu caminho, o dinheiro começa a se mostrar uma verdade, bons clientes começam a bater à sua porta e você começa a sair da ‘zona de radiação’, um novo mundo começa a se mostrar ao seu caminho.

Eu sou Hugo Ferreira, CEO e fundador da Nano Incub e além de empreendedor, programador e skatista, sou apaixonado por ajudar pessoas e empresas a terem sucesso através do desenvolvimento de um trabalho sério, focado, honesto e visionário.

Também amo inspirar pessoas a desenvolverem seus próprios negócios e entenderem que é possível fazer a diferença no mundo… Seja ministrando uma palestra em alguma faculdade, dando mentoria para um grupo de pessoas, prestando serviços de desenvolvimento de plataformas digitais, aplicativos, softwares ou até criando e co-criando startups digitais que têm foco em resolver problemas reais do nosso dia a dia.

O canal Mindset Startup

Há tempos buscava uma forma de contribuir ainda mais para nosso ecossistema, pois quando se fala de Startups, muita gente pensa que o caminho que conecta ‘a concepção de uma ideia’ e ‘essa ideia se transformar em um negócio de sucesso’ é curto e linear. Ledo engano, amado e amada…

E além de diversos artigos que sempre produzimos, workshops que ministramos e eventos que participamos, estava faltando algo… Nós acreditamos que quanto mais se compartilha, mais se cresce e ajuda os outros a crescerem… E é esse o foco do nosso novo canal, o Mindset Startup.

Semanalmente vamos publicar conteúdos sobre conceitos relacionados a Startups, estudos de casos com projetos reais, dar dicas sobre como montar equipe, skills necessários num time de uma startup ou empresa que desenvolve startups e projetos digitais.

Nós da Nano Incub estamos empolgadíssimos com esse projeto e acredito piamente que ele já está contribuindo para educarmos cada vez mais o nosso mercado, tanto para potenciais clientes de empresas de softwares e projetos digitais, como quem empreende ou quer empreender nesta área.

Um dia me disseram que a melhor maneira de aprender é ensinar, então se ajudarmos você a aprender e a ter insights sobre o mundo das startups, estamos aprendendo mais ainda.

Sendo assim, obrigado a você, caro leitor, que é um estudante, que tem ou quer ter uma startup ou até você que tem uma empresa de prestação de serviços digitais e busca sempre evoluir e aprender cada vez mais…
Você está nos ajudando a cumprir a nossa missão e proliferar a nossa mensagem pelo mundo e impactar a vida de quem quer de verdade fazer as coisas acontecerem.

Vamos em frente, pois é só o começo.


Redação por:
Hugo Ferreira, CEO e fundador da Nano Incub (originalmente publicado no blog da Nano)


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Qual é a real distância entre uma boa ideia e ela virar um produto que resolve um problema real?
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Conheça 5 conceitos básicos para ser um Startupeiro no Digital

Foto por Annie Spratt no Unsplash

Muito se fala hoje sobre ‘o poder das startups’. Aos olhos de pessoas com menos profundidade no assunto, tem ‘gente ficando rica da noite pro dia e sem muito esforço’. Mas será que essa é uma verdade?

Bem, meu caro leitor... Eu trabalho há quase 10 anos com desenvolvimento de soluções digitais e a primeira startup em que atuei como desenvolvedor foi a Empiricus.

Na época eles ainda eram uma empresa relativamente pequena (já com uma boa carteira de clientes e um modelo de negócios inovador).

De lá pra cá, eu e minha equipe nos envolvemos em dezenas de startups com modelos de negócio baseados em ambiente digital. Antes de prosseguir com esse artigo, gostaria de pedir conheça, assista os vídeos e se inscreve em nosso novo canal sobre Startups:

Canal Mindset Startup

E se tem uma coisa que eu posso te garantir é: o ecossistema que envolve uma startup digital não é nada glamuroso, fácil ou simples.

Por trás de uma boa ideia que funciona, há sempre uma equipe dedicada em dar o seu melhor todo santo dia, em coletar feedback de clientes e seguindo o ciclo de testar, medir e aprender.

Além de ter o prazer de atuar diretamente em diversas startups, em nosso dia a dia também nos relacionamos com muitos empreendedores aspirantes a ‘startupeiros’.

Isso é ótimo, pois é legal ver o brilho no olho de quem está com uma ideia que acredita valer a pena investir e louco pra tirar ela do papel.

Mas sabe algo mais comum do que se imagina: hoje em dia, muita gente tem ideias que acredita valerem bilhões e, antes de validar o seu modelo de negócios (fazer a lição de casa) já começa a trabalhar em propostas ‘tentadoras’ para angariar uma boa equipe de tecnologia em troca de 2% de seu grandioso projeto.

Mas, meu amigo, de nada vale uma boa ideia sem uma boa execução.

Tem gente, principalmente aqui no Brasil, que tem medo de falar sobre sua ideia, que pede para você assinar um NDA (Contrato de Confidencialidade) antes de te contar sobre o que está querendo desenvolver e já te garanto que, se você se deparar com alguém assim, esta pessoa possivelmente não sabe bem como é o ecossistema de uma Startup e que existe um longo caminho a ser percorrido entre ter uma boa ideia, saber a melhor forma de executá-la e efetivamente ganhar sua fatia de mercado com seu negócio.

Então, para que você entenda mais sobre o que é efetivamente uma Startup Digital, o caminho que esse tipo de negócio acaba trilhando desde sua concepção, passando pela validação do modelo de negócios até conquistar seu primeiro milhão (ou bilhão), elenquei 5 itens (ou podemos chamar de conceitos práticos) que todo aspirante a empreendedor de uma startup (seja ele programador, designer, publicitário ou simplesmente uma pessoa comum com uma boa ideia) deverá ter bem claro em seu mindset.

1 - MVP

Se tem uma mania que nós brasileiros temos é de confundir criatividade com inovação.

Já me reuni com diversos empreendedores que chegam em uma primeira reunião com um Power Point de 100 slides falando cada detalhe dos 4 tipos de planos de assinatura, qual informação terá no perfil do usuário com plano Free e do usuário com plano Premium, apresentando gráficos que mostram uma linha crescente a quase 90 graus a partir do seu lançamento e um plano de participação de investidores ou sócios detalhado e cheio de glamour.

Para tudo, coração!

A pergunta que costuma 'quebrar as pernas do peão’ é: o que você já fez de forma prática que valide seu modelo de negócios e que serve de base para todo este planejamento?

É aqui que o filho chora e a mãe não vê, meu parceiro.

Não entenda mal: planejar é preciso e extremamente necessário. Mas há uma diferença descomunal entre fazer estimativas com base em estudo, pesquisa e testes com clientes reais, ao invés de simplesmente dar um google por meia hora e sair fazendo estimativas sem fundamentos práticos e concisos.

Então, se você tem uma boa ideia e acredita que ela pode ajudar as pessoas de alguma maneira, tenha consciência de que qualquer Startup Digital deve começar por um MVP, ou seja, uma versão minimamente funcional do seu produto ou serviço para angariar clientes/usuários iniciais para sua startup, validar se sua solução resolve um problema verdadeiro e se tem gente disposta a pagar por isso.

Coletar dados, ouvir (e pedir) feedback de clientes e ir evoluindo seu produto de acordo com que seus usuários lhe derem de feedback deve ser o seu objetivo principal. Já te adianto que há grande chance de ainda neste estágio da sua startup muita coisa mudar de rumo, e aqui vamos para o segundo tópico.

Saiba mais sobre MVP assistindo ao vídeo em nosso canal Mindset Startup.

2 - Pivotar

Em resumo, é mudar a rota da sua startup.

É começar em um caminho e, após identificar que os clientes querem algo diferente, mudar o curso do desenvolvimento com base em DADOS, não em ‘achismo’.

3 - Construir de forma iterativa

Não lance sua startup com todas as funcionalidades que imaginou em princípio.

Escolha uma funcionalidade que represente o core principal do seu negócio e execute-a.

E neste ponto da conversa vale a máxima que diz: feito é melhor que perfeito.

Vou te dar um exemplo: aqui na Nano Incub nós estávamos buscando um sistema de gestão de projetos e testamos mais de 20 ferramentas online e offline. E acredite, todas muito boas, mas sempre tinha algo em uma que não tinha em outra e acabava que ou eram inchadas demais, ou faltava algo essencial.

Uma tem controle de cliente e projeto, mas não tem fases de um projeto. Outra tem fases de projeto mas não tem timesheet.

Outra tem módulo de cliente, projeto, fases de projeto, timesheet mas não anotações relacionadas ao projeto.

Então, por sermos uma equipe de desenvolvimento de software web e mobile, decidimos criar o nosso próprio sistema, para resolver os nossos problemas e com o principal: que nos dê a oportunidade de melhorar o que for necessário, customizar, evoluir de acordo com o que formos aprendendo e melhorando como empresa, como gestores e até a maneira correta de desenvolver projetos e gerir nossa empresa como um todo.

Mas sabe como começamos?

Excel, Trello, Google Calendar, um quadro de Scrum e Evernote.

No meio do caminho, como diretor comercial da empresa, vi que além de controlar clientes e projetos, precisávamos gerenciar nossos prospectos de forma compartilhada com todos da equipe.

Então criei um quadro no Trello com as seguintes listas:

  • Esquentar contato
  • Aguardando nosso contato
  • Prospectando clientes
  • Enviar proposta
  • Aguardando OK
  • Em negociação
  • Negócio fechado
  • Arquivado (perdido)

Com isso, ia adicionando os prospectos como um ‘card’ em cada lista e ‘arrastando’ de uma lista para a outra o 'card' do prospecto de acordo com que ele ia mudando de etapa do funil de vendas.

Começou a fluir bem, apresentei para alguns amigos empresários e com isso vi que tinha aí uma oportunidade de criar uma solução web que nos desse liberdade de controlar os prospectos da mesma maneira (criar etapas do funil de vendas, gerenciar origens de prospecção, compartilhar prospectos com usuários da empresa, lançar anotações sobre cada prospecto e ter relatórios em tempo real sobre quanto em dinheiro tinha em prospecção).

Pesquisei então algumas ferramentas disponíveis no mercado e para minha feliz surpresa: todos muito bons, mas relativamente complexos e com muita funcionalidade.

Eu não precisava daquilo, minha necessidade era mais básica, mais direta, sem firula.

Então, após alguns esboços e uma força tarefa da equipe, lançamos o Ziptime, uma plataforma exclusiva para gestão de prospectos.

E advinha: ele é o MVP (um mvp mais pomposo) do nosso Sistema de Gestão de Projetos, já tem centenas de usuários cadastrados e só tende a crescer.

Tudo isso porque nos focamos em resolver um problema real, onde também sofríamos com tal problema (o que nos da legitimidade na proposta de solução) e buscamos informação com potenciais usuários, fizemos testes e a cada dia buscamos melhorar a plataforma de acordo com o que vamos sentindo necessidade e coletando feedback de usuários ativos.

4 - Bootstraping

De uma forma bem simples, é o conceito de desenvolver por conta própria sua startup ao invés de buscar investimento para criar sua solução e colocá-la no mercado.

Eu e minha equipe sempre optamos por iniciar nossos projetos desta forma… Sem buscar investimento externo.

Tudo bem que somos um time com programadores, designers, analistas de marketing digital e ganhamos a vida desenvolvendo startups digitais para nossos clientes.

Mas, se você não tem know how suficiente para criar sua solução por conta própria, pode escolher dois caminhos: juntar uma grana e contratar uma equipe que consiga desenvolver sua ideia (olha o Jabá, haahahaha) ou pode angariar sócios que complementem o que você precisa para dar vida à sua startup digital.

5 - Escalável e Replicável

Duas características essenciais de uma Startup.

Quando falamos de escala, estamos dizendo que com um único produto é possível atender 1 cliente ou 1 milhão de clientes.
Quer um exemplo claro? Netflix.

Você se cadastra, paga uma mensalidade e tem acesso ao acervo completo de todo conteúdo da plataforma. Simples, fácil e lucrativo.

Ah, Hugo, mas eles não vão ter mais gasto com banda de internet, infraestrutura e coisas do tipo se tiverem 100 clientes acessando e 100 mil clientes acessando? Sim, claro.

Mas o custo não sobe a cada cliente e sim a cada lote de clientes, o que faz então desse modelo de negócios (com conteúdo fornecido com base em assinaturas) ser tão rentável e estar em grande crescimento atualmente.

Já para explicar o conceito de replicável, pense na Cola-cola. (experimente um dia com paçoca e depois me conte se é bom ou ótimo =] )

Uma única fórmula para fazer o produto e é replicada de acordo com a demanda para atender mais e mais clientes satisfeitos.

Há mais gastos com produção e entrega, mas não com a criação em si.

Agora, para trazermos isso um pouco mais perto da nossa realidade (de startup digital) imagine uma empresa que fornece software para imobiliárias.

Eles possuem templates prontos de sites, módulos específicos de cotação, galeria de fotos, pesquisa de imóveis, chat online, crm, gestão financeira e muito mais.

Para cada imobiliária atendida haverá um setup inicial do projeto com base nos ‘módulos disponíveis’ para venda e depois um plano de assinatura de manutenção mensal (recorrência).

Coisa linda e bela do pai.

Considerações finais

Como costumo falar em meus artigos: se você chegou aqui é porque este conteúdo foi interessante pra você e foi exatamente para pessoas como você que eu me dei ao trabalho de escrever este artigo.

Então, muito obrigado por se dedicar em aprender um pouco mais sobre Startups Digitais.

Este é sem dúvida um ecossistema em ascenção e há muita coisa a se aprender sobre essa forma de criar e desenvolver negócios.

Mas se fosse pra eu te dar 2 conselhos de por onde começar:

  1. Leia o livro 'A Startup Enxuta' do Eric Hies.
  2. Canal MindsetStartup

O cara é bom, mesmo.

E o conceito que ele prega no livro tem muito a ver com a ‘mentalidade lean’ do sistema Toyota, mas para ser implementado no desenvolvimento de startups.

Na internet há muito conteúdo sobre startups digitais, diversas aceleradoras fazendo um bom trabalho e até mesmo o Sebrae vem atuando pra auxiliar com mentoria para Startups que estão em fase de concepção e tração de seu negócio.

Então, te desejo sorte em sua empreitada e se tiver uma boa ideia, entre em contato conosco e vamos falar sobre seu projeto e como podemos te ajudar.


Redação por:
Hugo Ferreira, desenvolvedor e fundador da Nano Incub.
(originalmente publicada no blog da Nano Incub, com adaptações)


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Qual é a real distância entre uma boa ideia e ela virar um produto que resolve um problema real?
Conheça os principais desafios em desenvolver startups digitais no Brasil!

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Como o design pode solucionar o problema da sua empresa

Foto por bonneval sebastien em Unsplash

“Pensar sobre design é difícil, mas não fazê-lo pode ser desastroso.”

Essa frase, traduzida livremente de uma citação em um ótimo artigo da Interaction Design Foundation, reflete uma das principais dificuldades de empresas que ainda não se abriram à cultura do design. Essa dificuldade em pensar sobre a disciplina faz com que, na prática, marcas e empresas deixem de ser mais lucrativas e de impactar a experiência do cliente. Para além da ideia de “deixar algo bonito”, o design existe para resolver problemas. E, sim, muito provavelmente resolver problemas da sua empresa.

Você pode pensar: “-mas eu não trabalho com nada que seja impactado pelo design ou pela falta dele..não parece ser assim tão importante olhar para isso”.

A verdade é que o design está - ou deveria estar - presente em cada estratégia da sua marca, porque é ele que influencia a percepção das pessoas sobre o seu serviço ou produto. O bom design, que tem o ser humano no centro do processo, é estratégico e começa no processo de observação, passando pela ideação, prototipação e por testes, que garantem a aderência da solução oferecida pela empresa às reais necessidades de quem vai utilizá-la. Você pode conferir mais no nosso artigo: Reduza os riscos no lançamento do seu produto digital investindo em experiência do usuário.

Mas, vamos lá! Como o design pode ajudar a sua empresa?

Se pararmos para listar possíveis problemas que podem acontecer em um negócio atualmente, alguns deles vão passar por:

Website não gera leads suficientes:

Foto por JESHOOTS.COM no Unsplash

Às vezes o seu website não estar gerando leads suficientes pode ser sintoma de algo anterior, que é sua marca não estar bem posicionada e se comunicando com o público errado. Ou ainda: não há conversões porque um simples botão de "compre agora" está mal posicionado e prejudicando a navegação da pessoa que está no seu site naquele momento. Esse é o tipo de problema que um processo básico de design focado na usabilidade pode resolver.

Você pode fazer um teste do seu site ou aplicativo com empresas como a Testr. Garanto que o investimento vale a pena! E se seus testadores não encontrarem nada de errado com o site/aplicativo, você sabe que o erro está em outro lugar e pode focar suas forças no problema correto.

Poucas pessoas consomem seu produto/serviço:

Foto por David Clarke no Unsplash

Será que você conhece as pessoas que usam ou que você gostaria que utilizassem seu produto/serviço? Você ouviu essas pessoas antes de desenvolver a solução? Continuou a ouvi-las enquanto a solução estava sendo desenvolvida? Identificar a aderência do produto/serviço às necessidades das pessoas é um ponto chave da função de um bom designer, e fará a diferença na adoção da sua solução pelo público.

Aliás, isso serve tanto antes como para depois que você lançar sua ideia. Já pensou você lançar um produto super inovador achando que ele vai resolver um problema global - e ele vai! - mas as pessoas não conseguirem usá-lo por dificuldades de usabilidade ou mesmo por não entenderem o produto por falta de um processo de onboarding ou por ser extremamente complicado? Algum concorrente pode ter a mesma ideia e criar um produto fácil de usar. (E não, ninguém vai roubar sua ideia num teste de usabilidade!)

Você tem uma ideia, mas não consegue colocar ela no papel ou ninguém entende:

Foto por Green Chameleon no Unsplash

O design pode te ajudar a traduzir seu processo de ideação por meio de protótipos e testes, que vão garantir a eficiência da sua mensagem e o remodelamento do discurso e da identidade da sua marca caso seja necessário. Com tantas marcas no mundo querendo ecoar sua voz, é essencial que a sua empresa tenha uma identidade própria que consiga se comunicar com eficiência ao público-alvo - e o design também auxilia nessa frente.

Em todas essas situações é possível enxergar que o design age no problema raiz para eliminá-lo de uma vez com base em testes reais, considerando experiências reais com pessoas reais. Isso evita que você apenas solucione um sintoma e veja a causa raiz do problema ressurgir lá na frente.

É por isso (e por outras razões que vamos falar mais adiante) que contar com a disciplina de design na sua empresa ajuda, na prática, a tornar seu negócio mais lucrativo: é o que vai te direcionar para impactar as pessoas certas, no momento certo, com uma experiência de sucesso. (Claro que se você curtir perder dinheiro e acha que tudo isso é uma teoria da conspiração, a gente entende também. Sem crise por aqui!).

Mas, e aí? Tem alguma experiência que você vive hoje no seu negócio e que se encaixa nesses exemplos acima? Ainda tem dúvidas sobre outros problemas que o design pode resolver na sua empresa? Compartilha com a gente e vamos manter esse espaço de diálogo aberto!


Redação por:
Murillo Zerbinatto, co-fundador da Mastery, agência de Branding para Startups (originalmente publicado aqui).


Participe do próximo Startup Talk, no dia 11 de fevereiro ?
No encontro vamos debater sobre Branding para startups, com o cofundador e diretor criativo da Mastery Design
Alexandre Ferreira, e sobre Propriedade Intelectual de marcas e patentes, com Marcelo Brandão da VILAGE.

Não perca, é GRATUITO! Vagas LIMITADAS.

 

Inteligência Artificial transformando negócios

Nascida literalmente dentro da Unicamp, a NeuralMind vem se destacando no mercado de inteligência artificial com o desenvolvimento de soluções para problemas complexos do setor, como o processamento de imagens e vídeos, análise de textos, detecção de fraudes, garantia de compliance e reconhecimento de padrões.

Patricia Magalhães de Toledo e Roberto Lotufo, CEO e CTO da NeuralMind, respectivamente | Foto: Divulgação/PEGN.

A empresa, que tem em sua fundação um pesquisador e professor titular da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e uma ex-diretora da Agência de Inovação da Unicamp, recentemente tem atraído olhares para o ecossistema empreendedor campineiro graças aos reconhecimentos e títulos que vem recebendo. Hoje, saberemos um pouco mais dessa trajetória nesta entrevista concedida para a Campinas Tech.

1. Antes de mais nada, como nasceu a NeuralMind?

É fácil observar que algumas empresas ainda pecam em celeridade em determinados processos, pois ainda não passaram totalmente ou mesmo parcialmente por uma transformação digital. Isso não significa reestruturar toda a companhia de uma vez, mas passa por adotar soluções que rapidamente comprovam seu valor, com economia de tempo, de gastos, redução de erros e demonstram maior eficiência.

Dito isso, aplicações usando inteligência artificial se mostraram disruptivas em vários setores, como: jurídico, financeiro, compliance. A NeuralMind, alinhando pesquisa de ponta e um forte viés para negócios, como são as competências dos sócios, nasceu para fornecer essa tecnologia e atuar sempre na fronteira do conhecimento.

2. Qual tipo de solução a NeuralMind desenvolve para o mercado jurídico brasileiro?

A NeuralMind desenvolve soluções de análise de texto e imagens para o mercado jurídico, automatizando, reduzindo erros, dando subsídios a tomada de decisão ágil e precisa e facilitando processos. Nesse segmento há um grande volume de documentos para serem analisados, e sabemos que a capacidade humana de leitura contínua de diversos documentos é bem limitada. Nossa tecnologia é capaz de fazer o reconhecimento automático de documentos diversos, extrair essas informações de interesse, fazer buscas em bases públicas (diário oficial, por exemplo), classificá-las e fazer análises. No caso de uma publicação de andamento de processos, podemos ajudar os escritórios no monitoramento dos seus casos, identificando informações que identifiquem facilmente para os advogados em que casos eles precisam tomar alguma ação.

3. Vocês são, atualmente, uma das “Empresas Filhas” da Unicamp mais reconhecidas. Hoje, residem no Polo Tecnológico da Universidade. Como é a relação de vocês com a Unicamp e qual o impacto que estar inserido nesse meio, inclusive fisicamente, tem para o negócio?

Temos um relacionamento muito próximo com a universidade, pois vemos muito valor nessa interação. Nosso CTO, Roberto Lotufo, é professor aposentado da Unicamp e continua como professor colaborador, ministrando uma disciplina de deep learning. Não à toa, quase 100% dos nossos profissionais são mestrandos, mestres, doutores e pós-docs advindos da Unicamp. Estamos também engajados em firmas cooperações com os docentes da faculdade, que fazem pesquisa de ponta e podem nos ajudar a avançar ainda mais rápido.

Estar dentro do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp também é um grande diferencial, porque além de respirar esse ambiente de pesquisa e inovação, estamos em permanente contato com outras empresas, o que nos permite fazer mais parcerias e negócios.

Além disso, a Inova Unicamp, gestora do Parque, nos dá um apoio ímpar e muito profissional em nossa trajetória empreendedora.

Time da NeuralMind | Foto: NeuralMind/Divulgação.

4. Inteligência Artificial e Deep Learning, no geral, são áreas em desenvolvimento e crescimento exponencial, sem dúvidas. Como vocês se enxergam hoje nesse meio?

Somos uma empresa que trabalha na fronteira do conhecimento para conseguir entregar ao mercado as melhores soluções em aplicações de Machine Learning e Deep Learning. O mercado está muito atento a esse tipo de solução, pois aplicações dessas tecnologias têm causado disrupções em vários segmentos. A NeuralMind se propõe a cooperar com essas áreas, trazendo soluções de impacto para o mercado.

Recentemente, conseguimos traduzir o mais recente algorítimo do Google, BERT, para o Português. Fomos os pioneiros a conseguir essa difícil conquista, que vai ajudar a comunidade acadêmica e empresarial nacional. Com isso, o reconhecimento tem vindo do mercado: triplicamos nosso faturamento em 2019, recebemos vários prêmios e estamos no ranking top 10 em computer vision da 100 Open Startups.

5. Como vocês destacaram, a NeuralMind tem se destacado e sendo reconhecida em diversos prêmios e rankings de startups ( Top 100 da 100 Open Startups, Amcham Arena, LivDet e dentre outros). Que importância esses reconhecimentos têm para o negócio e qual o aprendizado que eles trazem para o dia a dia da startup?

Esses reconhecimentos mostram que estamos no caminho certo. Comprovam que academia e mercado devem andar juntos para que soluções mais inovadoras sejam incorporadas diariamente às empresas. Isso também nos traz muita visibilidade, pois é um selo que reafirma nosso bom trabalho.

6. No começo de dezembro, a NeuralMind foi a selecionada na área de Legal Print na 3ª edição da Thomson Reuters Accelerator Day no Brasil. Pode nos contar como foi esse processo?

Nos candidatamos ao desafio e passamos por etapas de entrevista. Apresentamos nossa solução de análise de dados jurídicos, capaz de gerar insights e ampliar a inteligência no processo de decisão. Selecionados na categoria de software jurídico. Fomos os únicos dentre 70 startups inscritas validados para PoC (prova de conceito, sigla que vem do inglês Proof of Concept) no setor jurídico , e caso seja bem sucedida já seremos fornecedores da Thomson.

Atualmente estamos realizando a PoC, acompanhados proximamente pelo time da Thomson. É um programa muito bem estruturado. Estar próximo a grandes empresas nos permite exposição a desafios mais complexos, ganhar escala e levar nosso produto a mais clientes.

Troféu recebido pela NeuralMind, finalista do Accelerator Day 2019 da Thomson Reuters

7. Quais as expectativas a partir de agora com a NeuralMind sendo uma das selecionadas para o programa?

Nossas expectativas são muito positivas. Temos grande confiança de que essa será uma parceria que renderá muitos frutos. Como startup, desenvolver projetos em colaboração com grandes empresas nos permite aprender muito e escalar nossas soluções. Para elas, nós levamos a agilidade de uma startup no desenvolvimento de novas soluções.

8. A NeuralMind nasceu e continua residindo em Campinas. Vocês consideram que a cidade é um bom lugar para os que desejam iniciar um novo negócio?

Sim, sem dúvida. O ecossistema empreendedor de Campinas é um dos mais fortes do Brasil, e Roberto e Patricia têm orgulho de estar nesse ecossistema que ajudaram a criar. Campinas alinha uma série de fatores que são destacáveis: centros universitários de excelência, cinco parques tecnológicos, grandes empresas atentas à inovação e um berço de startups que cresce a cada dia. Isso, sem dúvida, faz da cidade um ecossistema pujante.

9. Pela experiência com a NeuralMind, o que a cidade oferece ou deveria oferecer como atrativo aos empreendedores?

Mão de obra qualificada é algo que salta aos olhos em Campinas. Com tantas universidades de ponta, conseguimos recrutar novos talentos com grande potencial e muito orientados à pesquisa e inovação. E com a grande excelência técnica do nosso CTO, conseguimos formá-los com excelência, mais rapidamente.

10. A NeuralMind faz parte da comunidade Campinas Tech. De que forma vocês veem iniciativas como a Campinas Tech no fortalecimento do empreendedorismo nas cidades?

O desenvolvimento de comunidade é imprescindível para fazer o ecossistema prosperar através da cooperação. O ecossistema de Campinas tem se desenvolvido muito e mostrado seu valor a nível nacional e internacional. As startups que aqui estão instaladas se beneficiam muito disso, à medida que mais ações são feitas, potencializando negócios locais.


Entrevista e Revisão:
Felipe, da Campinas Tech.

Um diagnóstico para a sua empresa crescer

Veja como estruturar a sua MPS utilizando Modelagem de Negócios com Canvas.

Foto de Startup Stock Photos no Pexels.

O Business Model Canvas [1] trata-se de uma ferramenta de planejamento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou já existentes, de forma simples e visual.

O desenvolvimento de um modelo de negócio é importante para a sua MSP definir qual é o valor que será produzido para os seus clientes, em produtos e serviços.

Independentemente se a sua empresa está em estágio inicial ou passa por uma reestruturação, a modelagem de negócio proporcionará um melhor entendimento do que precisa ser feito para que os objetivos sejam atingidos. Mais do que isso, quais serão os diferenciais da sua empresa diante dos concorrentes.

A entrega de valor é um dos pontos que mais geram dúvidas no processo de concepção de um negócio, pois está diretamente ligada ao senso de utilidade, benefício e satisfação de desejos (nem sempre explícitos) que a contratação dos serviços irá atender.

Reflita e responda por que o seu cliente irá lhe contratar? Quais os benefícios que a sua empresa irá gerar ao longo do tempo?

Quando tratamos de MSPs e de serviços continuados com faturamento mensal, a percepção de valor por parte do cliente não ocorre somente no fechamento do contrato. A sua empresa precisará demonstrar mês a mês os benefícios para que o seu cliente perceba o valor em manter e crescer os serviços contratados.

Criando valor

É muito natural que alguns MSPs tenham dificuldade, principalmente nos estágios iniciais, em definir a sua proposta de valor para atender o seu seguimento de mercado.

A tarefa de descobrir como a sua empresa está resolvendo uma necessidade do seu cliente nem sempre é simples. Provavelmente você encontrará algumas respostas com os seus clientes atuais, os motivos tanto da escolha como da fidelização:

  • O seu preço atende o orçamento?
  • O seu nível de serviço é superior ao dos concorrentes?
  • O seu relacionamento com o cliente é próximo?
  • A sua empresa está preocupada com o sucesso do seu cliente?
  • Você atua de forma pró-ativa ao invés de responsiva?

A lista pode ser enorme e ao identificar as escolhas dos seus clientes você estará também identificando as suas forças.

Utilizando o Canvas para MSPs

A metodologia Canvas foi criada por Alexander Osterwalder [1] e foi publicada em 2010 no livro Business Model Generation.

Com o Canvas é possível detalhar como a sua MSP irá gerenciar os processos para criar valor, entregar valor continuado para os clientes e capturar valores do seu seguimento de clientes, gerando receita de forma sustentável.

O seu modelo de negócio deverá atender os seguintes processos:

Criação de Valor > Entrega de Valor > Captura de Valor

Este processo é de vital importância para empresas que estão nascendo, pois define logicamente toda complexidade pela qual uma empresa gera negócios e forma caixa.

Modelo Canvas

A metodologia consiste em representar graficamente em um quadro através de 9 blocos as principais disciplinas que devem ser levadas em consideração ao se pensar em um novo negócio. Iremos abordar as disciplinas da modelagem Canvas com as questões envolvendo as MSPs.

Ao final deste artigo esperamos que você consiga realizar uma modelagem para a sua empresa, representando todos estes elementos em uma só folha, o que possibilitará uma visão bem clara do seu negócio.

Figura 1 – Business Model Canvas

1 – Proposta de Valor

A Proposta de Valor da sua MSP deve conter os serviços e produtos oferecidos para os seus clientes, e quais os seus diferenciais para resolver as expectativas e necessidades dos clientes.

Procure identificar para os seus seguimentos de clientes quais os atributos quantitativos (preço, tempo de resposta e etc) ou qualitativos (confiabilidade, responsabilidade, experiência e etc) que faz a sua prestação de serviço ser valorizada. A sua MSP pode (e deve!) ter proposta de valor diferenciada e atender determinados seguimentos e nichos de clientes, tornando o seu Canva único.

A prestação de serviço de TI está passando por mudanças. O modelo tradicional de TI focado em break-fix e atuando de forma reativa já não atende às necessidades das empresas que requerem alta disponibilidade e agilidade. Nesse cenário, a área de TI apenas “apaga incêndios”, ou seja, resolve incidentes que já afetaram algum sistema da empresa, causando prejuízos e desgastes internos com os usuários dos sistemas.

Na TI reativa, a gestão é definida apenas pela resposta aos incidentes depois que ocorreram e que afetaram os usuários e clientes. Estas áreas de TI não tem a visão de atuar de forma preventiva e de otimização dos sistemas, diagnosticando e resolvendo as causas raiz dos problemas, e implementando um processo de melhoria contínua.

Empresas de qualquer porte não podem ficar paradas e precisam dos seus serviços on-line para manter as operações, atendimento dos clientes e vendas. A adoção de uma cultura pró-ativa é fundamental para garantir o sucesso dos seus clientes e aumentar a percepção de valor da sua MSP.

Atuando como um MSP a sua empresa passa a adotar boas práticas de gestão como ITIL, catálogo de serviços bem definidos e sistemas de atendimento ágil, antecipando-se na resolução de problemas dos seus clientes.

Assim o seu cliente passa a ter confiança em delegar a gestão e a operação da TI para a sua empresa. A sua missão será simplificar a complexidade da tecnologia para o seu cliente, operar a infraestrutura mantendo altos níveis de disponibilidade e monitorar continuamente os riscos para o negócio.

2 – Segmentos de Clientes

O bloco de segmento de clientes define o mercado que a sua MSP deverá focar, por nicho de mercado, tamanho de cliente, faturamento, número de funcionários, necessidades e etc.

Com a definição dos segmentos de clientes que a sua MSP deseja vender, a sua área de marketing poderá estabelecer melhor as estratégias de alcance do seu público alvo e do seu cliente ideal.

Os clientes, em especial no mercado de vendas recorrentes, são o coração do seu modelo de negócio e que permitirá o seu crescimento. A sua empresa deverá focar em manter os atuais clientes satisfeitos e aumentar a sua carteira com novos clientes rentáveis. Empresa sem clientes ou com clientes deficitários não vivem por longo tempo.

Seguem alguns atributos para a definição de segmento de clientes:

Tamanho:

  • Geralmente as MSPs atuam em empresas de pequeno e médio porte, onde não há áreas de TI tradicionais e internas
  • Atender clientes com 50 à 200 funcionários e que não possuem TI própria
  • Atender clientes com mais de 50 estações e 10 servidores

Nicho de mercado

  • Defina os nichos de mercado para mirar a sua estratégia comercial e de operação. A sua equipe ficará especializada no atendimento deste nicho de mercado e você terá mais força neste mercado específico:
    • Indústrias
    • Escritórios de Contabilidade
    • Imobiliárias
    • Advocacia
    • Cartórios
    • Auditorias
    • Área da Educação
    • Saúde

Região (Praça)

  • Defina a região geográfica para a sua atuação comercial e de operação. Mesmo para serviços em nuvem, se a sua equipe de suporte necessitar realizar visitas presenciais, é importante delimitar a sua área de abrangência. Novamente, uma vez definida a sua área de atuação no pós-venda, isto lhe ajudará no seu plano de marketing. Se a sua empresa é de São Paulo e não atua na região Sul, a sua campanha de impulsionamento do Goggle Ads deverá restringir a região Sul e focar na área em que você atenderá para otimizar os resultados da sua campanha.

Por necessidade

  • Clientes que necessitam de serviços padronizados em nuvem
  • Clientes que precisam de serviços customizados
  • Clientes que necessitam de suporte em horário comercial, ou horário estendido, ou 24×7
  • Clientes que necessitam das soluções do seu portfólio de serviços.

Uma vez definido quais são os segmentos de clientes torna-se mais claro também a rejeição para clientes “indesejados”. Por exemplo, pode ser definido o não atendimento de clientes que requerem serviços pontuais e sem contrato.

A segmentação resolve um problema grande enfrentado por MSPs em estágios iniciais que é o desejo de vender tudo para todos.

3 – Canais

Neste bloco você deverá definir como será a sua estratégia de atração de clientes, comunicação e canais de vendas.

Este ponto diz respeito às formas como os seus produtos ou serviços chegarão até os clientes. A sua proposta de valor chegará até os seus potenciais clientes com Canais bem escolhidos e gerenciados. Os Canais podem ser dos tipos:

  • Por meio de terceiros (representantes)
  • Mediante venda direta (pela Internet, lojas físicas ou equipe comercial própria)
  • Lembre-se: quanto mais curto o caminho que o cliente precisar percorrer até chegar a você, melhor.

Algumas questões para definir os Canais para atender os clientes:

  • Em quais canais os seus segmentos de clientes estão presentes? Por exemplo, se você atende escritórios de contabilidade, um bom canal pode ser eventos específicos da área ou a associação de Contadores da sua cidade.
  • Quais são os Canais que posso utilizar na jornada de compra dos meus clientes?
  • Quais são os Canais que geram melhores retornos com menor custo de aquisição?

Em vendas recorrentes para o mercado B2B, procure identificar na jornada de compra do seu cliente os Canais utilizados:

Figura 2 – funil de vendas para mercados recorrentes

Uma estratégia adotada pelas MSPs é de criar os Canais em fases. Somente após estressar o Canal utilizado e atingir o limite dos resultados passa-se para o outro Canal. Por exemplo, antes de iniciar campanhas de prospecção ativa de clientes, faça esforço repetitivo com campanhas de inbound até atingir o perfil e quantidade de leads desejado.

Figura 3 – exemplo de Canais para MSPs

4 – Relacionamento com Clientes

Neste bloco a sua MSP deverá verificar as formas de relacionamento com os seus clientes nas fases:

  • Aquisição de clientes
  • Retenção de clientes
  • Crescimento das vendas (cross selling e up selling)

No mercado de prestação de serviços, a experiência do cliente é fundamental para o sucesso da sua MSP. Para ter mais força no mercado, aumentar a sua autoridade e reputação, tenha uma estratégia bem definida de relacionamento com os clientes.

As MSPs que não tem a vocação somente de reparar a infraestrutura de TI, mas de ir além para os resultados dos clientes e que estejam preocupadas com o seu sucesso estão implementando as disciplinas de CS (Customer Success).

Para evitar cancelamento de contratos de clientes (churns) os seus processos de CR (Customer Relationship) deverão identificar e medir o nível de satisfação dos clientes. Algumas medidas preditivas para evitar o temível churn:

  • Relacionamento próximo com o cliente, com frequência de contato adequado. Ou seja, não exagerar nos contatos e tornar-se inconveniente, e tão pouco desaparecer depois de venda;
  • Meça o nível de uso dos seus serviços pelo cliente e observe o seu engajamento. Se o cliente diminuir o uso procure entender o que está ocorrendo;
  • Demonstre o valor dos seus serviços com Relatórios com evidências de sucesso;
  • Aplique com certa frequência pesquisa de satisfação do cliente, por exemplo, utilizando a metodologia NPS (Net Promoter Score).

Como gestor da sua MSP, você poderá estabelecer a cadência de contato com os clientes, a forma de contato humanizado ou automática, bem como a prioridade para os clientes mais importantes para a sua empresa.

Figura 4 – ciclo de vida de relacionamento com o cliente

5 – Recursos Principais

Descreva neste bloco os recursos necessários para tornar o seu modelo de negócio operacional e sustentável. Identifique os recursos responsáveis para alcançar os seus clientes, entregar os serviços e manter a sua operação. Ou de outra forma, pense que sem estes recursos a sua empresa não irá funcionar e prosperar.

Para os MSPs, os principais recursos são capital humano, em especial na área técnica e de atendimento dos clientes. A área de suporte dos MSPs será o principal ponto de contato com os clientes.

Seguem os principais recursos apontados pelos MSPs:

Humanos:

  • Service Desk: Equipe de suporte técnico capacitada e focada no atendimento ao cliente
  • Comercial: Equipe responsável para ativar novos clientes, relacionar com os clientes da base com foco na expansão e fidelização
  • Marketing: Equipe própria ou de terceiros para viabilizar sua estratégia de marketing digital, geração de conteúdos e Customer Success
  • Administrativo: Equipe responsável em monitorar o fluxo de caixa da empresa, saúde dos contratos e expansão

Físicos:

  • Mesmo que várias das atividades de MSPs podem ser realizadas de forma remota, é importante avaliar um local físico para atendimento dos clientes, como escritório ou loja física
  • Data Center: tenha acesso à serviços de data center de parceiros confiáveis para a operação de serviços em nuvem, como aplicações de SaaS (Software as a Service) e BaaS (Backup as a Service)

Aplicativos:

  • Licenças de sistemas para atendimento remoto de clientes e outros

Financeiro:

  • Carteira de clientes saudável e em crescimento, com taxa de inadimplência baixa e sob controle

6 – Atividades chave

São as atividades mais importantes que uma empresa deve realizar para que seu modelo de negócio vá para frente. Assim como os recursos chave, as atividades precisam oferecer uma proposta de valor, alcançar mercados, manter o relacionamento com o consumidor e gerar receita.

Para MSPs, as atividades chave estão também muito concentradas na área de suporte ao cliente. Você deverá identificar os serviços disponibilizados pela sua MSP conforme o contrato com os clientes:

  • Serviços emergenciais (break fix), com contratação avulsa. Veja estes serviços como indutor para a contratação futura de serviços gerenciados
  • Serviços à la carte: Serviços de TI individuais destinados à necessidades específicas e que permitem selecionar somente os serviços necessários
  • Serviços gerenciados: Soluções completamente terceirizadas, desenvolvidas para atender todos os requisitos de TI da empresa
  • Serviços customizados: Soluções de atendimento desenvolvidas sob-medida para um cliente específico. Algumas MSPs neste estágio passam a atuar como CIO do negócio do cliente

Definir e conhecer bem os serviços prestados é uma etapa primordial para qualquer fornecedor de suporte. A partir disso, é possível fazer uma relação do que é necessário para que os chamados dos clientes sejam monitorados e resolvidos. Crie o seu catálogo de serviços e estabeleça os SLAs para os seus clientes.

7 – Parcerias principais

Neste bloco você descreve a relação de fornecedores e parceiros necessários para fazer o seu modelo de negócio funcionar.

MSPs são canais muito especializados para gerenciar soluções padronizadas para os clientes e portanto devem contar com fornecedores de soluções de qualidade e com boa reputação.O MSP deve ter em mente que a solução contratada pelo cliente um dia precisará de um suporte mais especializado, e nesta hora é fundamental contar com um parceiro confiável e com soluções profissionais.

Para a seleção de bons parceiros de negócio, a sua MSP poderá avaliar:

  • Nível de conhecimento do fornecedor na solução
  • SLA de atendimento
  • Definir as expectativas de forma realista desde o início Impacto para o seu cliente: o parceiro de tecnologia deverá complementar o seu catálogo com serviços de qualidade que satisfaçam as necessidades dos seus clientes, gerando alto impacto
  • Relação ganha-ganha: para uma parceria ser saudável e sustentável, é preciso haver ganhos visíveis nos dois lados
  • Flexibilidade: selecione parceiros que cresçam juntos com o seu negócio. Em caso de insucesso, o cancelamento deve ser simples e não ser dificultado com multas de fidelização forçada

8 – Estrutura de Custo

Neste bloco vamos analisar a estrutura de custo de um MSP para os custos fixos, custos variáveis e também dos benefícios que podem ocorrer com a contratação de volumes por pacotes (economia de escala) e benefícios de escopo, ou seja, com a mesma quantidade de recursos atender mais clientes com qualidade.

Os principais custos dos MSPs devem estar atrelados com os serviços disponibilizados com os seus clientes. Procure identificar custos “invisíveis” na sua empresa que não estão gerando receita e que não estão atrelados na sua oferta de mercado. Estes custos podem ser diminuídos ou cortados para tornar a sua empresa mais rentável.

Principais questões para analisar a sua estrutura de custos:

  • Quais recursos-chave representam uma despesa significativa para os seus negócios?
  • Quais atividades principais representam uma despesa significativa para os negócios?
  • Como as suas principais atividades geram custos?
  • A sua oferta para o mercado (proposta de valor) é mais orientada à valor agregado ou à preço?

Custos fixos

Os custos fixos são as despesas comerciais que permanecem constantes, independentemente do volume produzido pela empresa. Esses custos geralmente são limitados no tempo, como salários mensais, aluguéis, condomínio, escritório contábil, alguns impostos etc.

Custos variáveis

Ao contrário dos custos fixos, custos variáveis são aqueles que acompanham o ritmo de venda da sua MSP, sofrendo alterações conforme o tempo. O custo variável é aquele que vai mudar de acordo com o volume de vendas ou quantidade de clientes, como contratos de licenças, volumes e alguns impostos sobre o faturamento.

Economia de Escala

Procure otimizar os seus custos com aquisição de maior volume com desconto por unidade. Em soluções de “backup como serviço”, o valor da unidade do Gigabyte armazenado tende a diminuir progressivamente para maiores volumes.

Economia de Escopo

Procure otimizar a sua operação de atendimento para os clientes com sistemas e processos definidos. Com a mesma equipe de suporte a sua MSP poderá atender novos clientes, diminuindo o seu custo de atendimento por cliente.

9 – Fontes de Receita

Trata-se da receita gerada por cada segmento de cliente do seu modelo de negócio. Quais são as propostas de valores que cada segmento de cliente está disposto a comprar? Cada resposta representa uma fonte de receita, e cada fonte possui diferentes mecanismos de preço, como listas de preços por produto, descontos, contratos de receitas recorrentes e etc.

Se já fizemos a analogia que os clientes são o coração da sua empresa, podemos dizer que as receitas são as artérias. Para o modelo de negócio ser sustentável a longo prazo a sua MSP precisará ter mais clientes com mais rentabilidade. A precificação dos serviços compondo os custos e o lucro esperado é o primeiro passo para definir os fluxos de receitas.

Receita Recorrente Mensal

Para mercados de receitas recorrentes e com contratos de médio ou longo prazo (12, 24, 36 meses) o MSP tem maior previsibilidade das receitas, evitando os “vales” do modelo de venda tradicional por projeto e de serviços avulsos, em que determinado mês pode haver muitas vendas e nos meses subsequentes o volume de venda pode diminuir drasticamente.

Venda de Valor Agregado

O modelo de receita escolhido deve destacar os seus diferenciais de mercado e como você é único para realizar os serviços com confiabilidade e gerenciamento para o seu cliente, se protegendo da guerra de preços.

Modelo para a sua MSP

Agora é o momento de aplicar este modelo de negócio largamente utilizada pelas startups de tecnologia para fazer a sua MSP decolar.

Para elaborar o seu modelo Canvas:

  • Desenvolva as suas ideias com a mentalidade na jornada do seu cliente
  • Realize reuniões de brainstorm com os seus sócios e com o seu time para compartilhar e receber novas ideias
  • Crie uma primeira versão do seu Canvas e melhore continuamente

Na figura 5 você você pode seguir como guia inicial para o Canvas. Para a impressão de um template, clique aqui.

Figura 5 – Guia para gerar o seu modelo Canvas

Referências:
[1] Business Model Generation, A. Osterwalder, Yves Pigneur, Alan Smith, and 470 practitioners from 45 countries, self published, 2010


Texto por:
Yuri Amorim, do time de Marketing da DataSafer, associada Campinas Tech.

Originalmente publicado no blog "Tudo sobre Backup".

Veja o que aconteceu na Campinas Tech em 2019!

2019 foi um ano muito produtivo para o Ecossistema Empreendedor de Campinas. Esse ano conquistamos o posto de cidade mais inteligente e conectada do Brasil na 5ª edição do Ranking Connected Smart Cities, destacando-se em áreas como economia, tecnologia e inovação, empreendedorismo, governança e mobilidade (Veja a matéria). Justamente por isso, estamos muito felizes pela Campinas Tech ter contribuído para que isso acontecesse.

Ao todo, esse ano foram mais de 2.500 pessoas impactadas com os nossos eventos e mais de 10 mil acessos em nosso site. São 250 empreendedores fazendo parte do nosso ecossistema, e cada um deles representou e contribuiu para que Campinas fosse um lugar melhor para empreender e para que conseguisse se destacar. Nosso muito obrigado membros Campinas Tech! Vocês fazem parte dessa história.

Para relembrar, selecionamos alguns momentos marcantes desse ano. Confira:

Nossa equipe cresceu!

Quem se lembra de antes da fusão Rede Global do Empreendedorismo (RGE) e Associação Campinas Startups (ACS)? Época quando ainda éramos todos voluntários e já acreditávamos no potencial de Campinas e em como o empreendedorismo pode ser um divisor de águas.

Hoje temos uma equipe pronta para trazer ideias novas, qualidade às operações e expandir o que fazemos. (Veja quem somos)

1º Corporate Innovation Forum foi realizado com sucesso

Impactamos mais de 100 pessoas em uma manhã de terça-feira em uma semana de feriado! Após esse evento convidamos nosso membro e amigo Menotti Franceschini para ser líder do Comitê de Corporate Innovation da Campinas Tech, um grupo que tem o propósito de promover a inovação aberta a partir da troca de experiências, além do fortalecimento da cultura de inovação e do ecossistema da região.

A 2ª edição do Corporate Innovation Forum já está confirmadíssima e acontecerá em março. Registre seu interesse para receber em primeira mão a data e os palestrantes.

Reunimos os melhores limões e fizemos uma grande limonada

8ª Conferência Campinas Startups
César Gon, da CI&T; X; Oswaldo Fernandes e Rosana Jamal, da Baita Aceleradora; e José Eduardo Azarite, da Venture Hub; durante trilha de Corporate Innovation na 8ª CCS | Foto: Divulgação.

Contamos com o apoio dos principais players de Campinas para a realização de 9 trilhas temáticas espalhadas pela cidade durante a manhã, trazendo conteúdo de altíssimo nível. No período da tarde contamos com speakers como Fábio Póvoa e Israel Geraldi. Foram mais de 300 pessoas focadas em trazer as melhores ideias para suas empresas!

Tivemos programas de mentorias!

Mentoria em Grupo com Ricardo Cardo, CEO da Enforce
Mentoria em Grupo com Ricardo Cardo, CEO da Enforce, em julho de 2019 | Foto: Campinas Tech

Esse ano colocamos 4 mentorias em ação e são elas: mentoria individual, pareada, avançada e Mentoria em grupo. Foram mais de 50 empreendedores recebendo mentorias qualificadas e diminuindo os riscos de sua startup! Quer saber saber mais detalhadamente sobre os programas de mentoria? Dá uma olhada nessa matéria que preparamos em agosto.

Se depois de tudo isso bateu aquele interesse em ser mentorado, não deixe de se inscrever e receber a sua mentoria! (Veja como e aplique-se).

O ano foi da Educação Empreendedora!

Talk Show Empreendedor no Anglo Paulínia
Talk Show Empreendedor no Colégio Anglo de Paulínia | Imagem: Campinas Tech.

Em 2019, Educação Empreendedora foi um dos principais motores da Campinas Tech para criar um ambiente empreendedor de impacto na cidade e região. A fim de estimular o empreendedorismo como opção de carreira, realizamos 5 edições do nosso tradicional Talk Show Empreendedor em escolas e universidades de Campinas e Região, onde empreendedores foram convidados para retornar à escola a fim de conversar com os alunos sobre suas trajetórias e inspirá-los para uma carreira de propósito.

Mas as ações de educação não pararam por aí. Em nosso site criamos uma seção de conteúdo para empreendedores, com o intuito de mapear o acesso a materiais de empreendedorismo que auxiliem interessados pelo tema a darem seus primeiros passos no assunto. São várias dicas de livros, podcast, vídeos, cursos, influenciadores, instituições e muito mais (confira esse hub de conteúdo).

Fica aqui o nosso agradecimento aos nossos voluntários que atuaram na frente de Educação Empreendedora. Sem eles, não teríamos impactado tantos jovens!

Hackeando no Hacktown

"Espaço Comunidades” no Hacktown
Equipe Campinas Tech, 3xbit e Share Rh no “Espaço Comunidades” | Foto: Campinas Tech

Em setembro, a Campinas Tech marcou presença na programação oficial do Hacktown 2019, em Santa Rita do Sapucaí - MG. O evento, um dos maiores e mais diversos festivais de inovação, tecnologia e economia criativa do país, contou com o “Espaço Comunidades”, sob nossa organização, onde discutimos sobre a importância dos ecossistemas de startups e o fomento de empreendedorismo de impacto com vários atores do universo empreendedor no Brasil.

Aqui no blog, registramos como foi nossa experiência antes e depois do festival, no artigo “Vale da Eletrônica: breve relato sobre o procedimento de visitação técnica”, no qual nossa equipe contou como foi conhecer a cidade e os primeiros preparativos para nossa ação no festival; e o “O que fizemos e aprendemos no Hack Town?”, onde nossa equipe contou tudo o que vivenciou e aprendeu no evento. Não deixe de conferir e fique ligado, porque em 2020 tem mais!

Aprendendo a captar investimentos sem sair de casa

No segundo semestre nossos voluntários da frente de Acesso a Capital colocaram em prática um projeto audacioso: promover lives quinzenais com investidores e empreendedores (com cases de sucesso na captação de investimentos) para um bate papo com perguntas e respostas ao vivo. O projeto ainda está em fase beta, mas vale a pena acompanhar! Confira a última live realizada neste ano:

Após esse ano incrível, só nos resta a agradecer aos nossos patrocinadores e membros por acreditarem em nosso propósito e por fazerem parte da nossa história! Nos vemos em 2020 com muitas novidades!


Redação por:
Maíra Rodrigues, da Campinas Tech.

Apoio e revisão:
Felipe Trevisanutto, da Campinas Tech.