Cerveja e Empreendedorismo? “Dá match”!

Engenheiro Agrônomo, Gustavo Barreira é hoje o empreendedor por trás da Companhia Brasileira de Cerveja Artesanal (CBCA) e com ela almeja ser o principal case de cervejas artesanais do Brasil.

Gustavo Barreira, CEO da CBCA
Gustavo Barreira, CEO da CBCA - Companhia que tem as cervejas Leuven e Schornstein no portfólio | Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação.

Com formação em Engenharia Agronômica pela ESALQ-USP e pós-graduação na área de Finanças pelo Insper, Gustavo iniciou sua carreira no Citibank como trainee, no qual permaneceu por sete anos. Após esse período, migrou para a área financeira de grandes empresas como a Votorantim Celulose e Papel, além de controladoria de fundos de Private Equity.

Todo o conhecimento e experiência adquirida ao longo desses anos no setor corporativo fez com que o empreendimento na cervejaria Leuven, em 2015, fosse natural. Após um crescimento médio anual de 90% desde então, a marca se fundiu com a cervejaria Schornstein, resultando na Companhia Brasileira de Cerveja Artesanal - CBCA, onde hoje Gustavo atua como CEO.

Este ano, Gustavo Barreira foi um dos convidados da 8ª Conferência Campinas Startups, onde nos contou um pouco de sua trajetória e de seu dia a dia empreendendo no setor de cervejaria. Aqui, ele nos concede uma entrevista para relembrar como foi esse bate papo.

1 - Como você começou a empreender?

Sempre me senti motivado trabalhando em grandes projetos nas empresas por onde passei, mas me sentia pouco motivado quando caía na rotina. Sempre tive uma necessidade de realizar, construir algo e portanto a minha migração para a Leuven foi preparada e natural.

2 - Houve um “momento de virada” na construção do seu negócio?

A Leuven vinha crescendo desde 2015 e em 2017 precisávamos expandir, mudar a fábrica e adquirir equipamentos. Estudamos diversas formas de financiar o crescimento, considerando dívida ou mesmo um grande investidor. Mas nenhuma brilhava os olhos. Foi quando tivemos a sacada de fazer um financiamento coletivo e quase que ao mesmo tempo, a CVM emitiu a instrução 588 que regulamentava o equity crowdfunding no Brasil. Sem que tivéssemos um histórico desta operação com cervejarias, nos lançamos neste projeto e o resultado foi incrível, captamos R$1,5M, em 8 dias, recorde de volume e velocidade na época. Isso nos deu força, criou uma comunidade incrível e me fez começar a desenhar o plano da CBCA.

3 - Poderia detalhar um pouco mais a sua trajetória empreendedora?

Sempre empreendi em grandes empresas, o que é completamente diferente de empreender com capital próprio. Começamos na Leuven em 2015, a princípio tocando como um segundo negócio, enquanto eu me preparava para me dedicar 100% à ela.

4 - Quais foram os principais desafios que você precisou vencer ao longo desta trajetória?

Montar um time forte e acesso a capital a custos competitivos. Dois grandes gargalos do nosso país.

5 - E como esses desafios foram enfrentados?

Capacitando aos poucos as pessoas dentro de casa e via o equity crowdfunding.

6 - Quais as dicas que você dá para quem deseja iniciar um novo negócio?

Montar um plano de negócios, ter clareza de onde se quer chegar e dos riscos envolvidos. Se preparar para ser resiliente, isso é fundamental.

7 - Tem planos para sua trajetória empreendedora? Como se imagina ou quer estar no futuro?

A CBCA já é uma realidade e em breve deve crescer com novas aquisições. Pretendemos ser o principal case de cervejas artesanais no Brasil, oferecendo produtos de alta qualidade, marcas premiadas, a preços justos, para consumidores em todo Brasil. Unir o Brasil pela boa cerveja.

8 - Em resumo, qual foi a mensagem que você quis passar na 8ª Conferência Campinas Startups?

O sentimento de realização na vida empreendedora é incrível, mas devemos estar preparados para ser criativos, inovadores e buscar rotas que nossos competidores não enxergam ou não conseguem executar.

9 - Você considera que Campinas é um bom lugar para os que desejam iniciar um novo negócio?

Sem dúvida. Cidade grande, com poder aquisitivo, acesso a boas rodovias e universidades de boa qualidade.

10 - Na sua visão, o que a cidade oferece ou deveria oferecer como atrativo aos empreendedores?

Incentivos tributários, formas de capacitação de mão de obra. Mas não transfiro essa responsabilidade apenas para o poder público. O empresário pode contribuir e desenvolver bons projetos a quatro mãos.

11 - De que forma você vê iniciativas como a Campinas Tech no fortalecimento do empreendedorismo nas cidades?

Diferente de anos atrás, o Brasil vive hoje um ambiente favorável ao empreendedorismo e acesso a capital. A oportunidade de escutar cases de empreendedores nos motiva e traz insights para aprender com o erro dos outros e compartilhar os nossos.


Entrevista, redação e revisão:
Felipe, da Campinas Tech.

 

Momento certo, foco e resiliência: a trajetória empreendedora de Ricardo Corrêa com a Ramper

Profissional de marketing e vendas B2B com mais de 12 anos de atuação no mercado de software, Ricardo Corrêa hoje desponta no comando da Ramper, negócio criado por ele em 2016 e uma das startups de mais rápido crescimento no Brasil.

Ricardo Corrêa, CEO e cofundador da Ramper | Foto: Arquivo Pessoal

1 - Como você começou a empreender?

Eu comecei a empreender em 2012, quando vi que a indústria de marketing e vendas do Brasil passaria por uma transformação (que de fato veio a acontecer) e eu poderia ser protagonista desse movimento. Como eu já tinha acumulado conhecimento e networking o suficiente até ali, decidi arriscar. Foi aquela máxima “a sorte acontece quando a oportunidade passa e você está preparado pra ela”.

2 - Houve um “momento de virada” na construção do seu negócio?

Durante o período em que estava encerrando o meu primeiro negócio (Siteina) e iniciando o segundo (Ramper). Eu senti na pele e no bolso a dor que é desconstruir um negócio no Brasil e conheci o lado realmente difícil de empreender. Ao mesmo tempo, precisei me manter otimista para fazer o novo negócio dar certo, mesmo quando todas as probabilidades me mostravam o contrário. Após algum tempo, eu provei estar certo na concepção da Ramper e consegui sair do outro lado muito melhor do que eu entrei.

3 - Poderia detalhar um pouco mais a sua trajetória empreendedora?

De 2006 à 2012 eu trabalhei na área de marketing de algumas empresas de software - ganhei experiência, desenvolvi relacionamentos, construí times e realizei alguns projetos bem sucedidos que me encorajaram a empreender. Em 2012, vi que muitas empresas precisavam do que eu sabia fazer e a melhor forma de capturar essa demanda era criando um negócio. Abri a Siteina, uma consultoria de marketing digital especializada em empresas de tecnologia. Atendemos, ao longo de 5 anos, quase 200 empresas B2B.

Em 2016, na busca de desenvolver um produto/software, chegamos na ideia da Ramper. Assim como na primeira vez que empreendi, vi que o mercado passaria por uma transformação e decidi criar um segundo negócio para capturar a oportunidade. Na segunda, fiz muito melhor do que na primeira.

4 - Quais foram os principais desafios que você precisou vencer ao longo desta trajetória?

No primeiro negócio (Siteina), foram muitos desafios pessoais de fazer as primeiras contratações/demissões, estar na linha de frente dos clientes e aprender a administrar um negócio e suas várias nuances - vendas, atendimento ao cliente, financeiro etc. Tudo isso ao mesmo tempo que precisava amadurecer como profissional.

O segundo negócio (Ramper) foi beneficiado com os aprendizados do primeiro, mas trouxe vários novos. Precisei aprender a criar processos mais escaláveis, contratar e gerenciar times maiores, lidar com investidores e um negócio que opera com um volume muito maior que o anterior.

5 - E como esses desafios foram enfrentados?

Nos primeiros anos, eu aprendi da forma mais empírica o possível - errando, dando cabeçadas. Sofri bastante, mas aprendi muito. Na Ramper, vi que eu seria ainda mais desafiado e os erros poderiam custar muito caro, por isso passei a estudar mais - atualmente, leio mais de 20 livros por ano - e a consultar outros empreendedores que estão em estágios mais avançados do que eu para aprender com eles. Desde o início da Ramper, comecei a palestrar e me engajar com iniciativas educacionais, e isso me forçou a estudar muito. Ler livros e conversar continuamente com pessoas da sua área são hábitos que recomendo para todo empreendedor.

6 - Quais as dicas que você dá para quem deseja iniciar um novo negócio?

Na hora de iniciar um negócio, procure encontrar equilíbrio entre razão e paixão. O negócio precisa fazer sentido a ponto de você conseguir capitalizar uma competência sua resolvendo um problema de mercado - a conta financeira precisa fechar. Contudo, se for só grana e não tiver paixão envolvida, você certamente vai desistir no caminho.

7 - Tem planos para sua trajetória empreendedora? Como se imagina ou quer estar no futuro?

Claro - todo empreendedor deve ter planos, caso contrário ele cria um negócio de sobrevivência que apenas consome tempo e energia. Acredito que a Ramper ainda vai muito longe - conquistar o mercado local, e partir para o mercado global. Como empreendedor, além da realização da Ramper, espero ainda contribuir muito com o cenário brasileiro de empreendedorismo e ajudar muitos outros empreendedores em suas jornadas.

8 - Qual foi a mensagem que você quis passar na 8ª Conferência Campinas Startups?

A mensagem que eu quis passar é que muita gente vê o lado romântico e glamoroso de empreender - e, de fato, a causa é muito nobre. Contudo, existem muitos desafios e riscos envolvidos na jornada. Estou há quase 8 anos empreendendo e ainda me sinto muito distante de onde quero e posso estar - isso nos dá uma noção de quanto tempo e dedicação é preciso aplicar.

9 - Você considera que Campinas é um bom lugar para os que desejam iniciar um novo negócio?

Eu acredito que sim. A cidade tem boas universidades, entidades de fomento, startups de sucesso e novos negócios borbulhando. Tudo isso cria um ambiente fértil e propício para criação de novos negócios.

10 - Na sua visão, o que a cidade oferece ou deveria oferecer como atrativo aos empreendedores?

Acredito que a minha resposta não se aplica apenas à Campinas, e sim de uma forma geral no Brasil. A melhor forma de ajudar os empreendedores é reduzindo a carga de tributos, encargos e burocracia.

11 - De que forma você vê iniciativas como a Campinas Tech no fortalecimento do empreendedorismo nas cidades?

São as iniciativas como o Campinas Tech que ajudam a alinhar os atores envolvidos em um ecossistema de empreendedorismo e dão narrativa da história. São o epicentro de um ecossistema.


Avaliação do Ecossistema Empreendedor de Campinas está disponível em ebook

A Campinas Tech lança hoje, 05 de julho, a Avaliação do Ecossistema Empreendedor da cidade de Campinas-SP, realizada durante o mês de maio pelos seus voluntários do grupo de trabalho Ambiente Regulatório.

O grupo de trabalho Ambiente Regulatório se propõe a estudar as regras e as obrigações a que todo empreendedor está sujeito com o propósito de criar, em conjunto, soluções que tornem mais ágil e descomplicado o ambiente regulatório do município, impactando positivamente no desenvolvimento socioeconômico local.

Com isso, o relatório apresentado no ebook tem como objetivo apresentar o resultado da pesquisa de avaliação do ambiente regulatório realizada a partir da coleta de dados via questionário disponibilizado aos membros da Campinas Tech durante o mês de maio.

O questionário teve como propósito a identificação das principais dores do ecossistema empreendedor de Campinas com o intuito de, ao final, realizar a elaboração de Políticas Públicas voltadas ao fomento de medidas que visem o desenvolvimento socioeconômico da região.

O trabalho teve coordenação de Rogério Peres e edição de Graziela Brandão. Os membros que auxiliaram no resultado deste relatório foram: Carolina Andrade, Darcy Júnior, Fábio Pezzotti, Graziela Brandão, Juliana Moura Pires, Lucas Neves, Leonardo Archiere, Leiry Piva, Renato Dahlstrom Hilkner.

Faça o download agora mesmo!

 

Como os pilares do Design Thinking foram construídos na história?

Foto por Patrick Schöpflin no Unplash.

Nesse segundo capítulo da série "Compreendendo Design Thinking por meio da história do design" vamos contar como o Design Thinking surgiu. O autor Jon Kolko traz a explicação por um viés bem contextualizado. Em sua visão, não há um “big bang” que deu origem à abordagem, mas diversos acontecimentos ao longo da história do design que resultaram em uma maneira específica de pensar por parte dos designers, ou o que ele chama de pilares do Design Thinking:

À medida que os profissionais da área passaram a atuar em organizações, o design se tornou mais democrático. Ou seja, diminuiu-se a distância que havia entre designers e usuários/não-designers. Estas pessoas foram inseridas no processo em um movimento de participação, colaboração e emancipação. Os designers, em contrapartida, tiveram seu papel um pouco modificado, pois também se tornaram facilitadores do processo criativo. O funcionamento da nova lógica exigiu uma relação emocional e colaborativa verdadeira entre as pessoas envolvidas, o que resultou no primeiro pilar do Design Thinking: a empatia, ou seja, a aptidão para desenvolver conexão emocional com usuários/não-designers e criar uma colaboração significativa com eles, transformando-os em co-designers.

Nas décadas de 1950 e 1960, muitas pesquisas se dedicaram a entender como as pessoas resolviam problemas. Alex Osborn, por exemplo, coloca o design como uma maneira divertida, ilógica, criativa e não racional para tal. Em sua teoria, criou o famoso brainstorming – encontro de pessoas para pensar em ideias. As regras são não criticar, focar em quantidade, aceitar qualquer ideia e construir a partir delas. Donald Schön, por sua vez, entende que o pensar e o fazer se complementam e estabelecem limites entre si. A partir do seu enquadramento, o designer identifica problemas no que está criando e faz algo novo para resolvê-los, o que gera novos problemas e assim por diante. O autor Vilém Flusser também aborda o fenômeno, intitulado por ele como “dialética interna da cultura”, em seu livro “O mundo codificado”. No estudo, ele frisa a responsabilidade do designer ao desenhar soluções, já que elas virão a ser novos obstáculos no futuro. Pesquisas como essas levaram ao segundo pilar do Design Thinking: habilidade de explorar problemas de diversas maneiras, sejam lógicas, ilógicas, lineares e divergentes, com a capacidade de transitar entre elas livremente.

As décadas de 1970 e 1980 deram início ao pensamento sobre usabilidade. Com a difusão da rede de computadores nas organizações, percebeu-se que a falta de usabilidade gerava mais gastos. A solução da época foi mapear o comportamento humano em detalhes – cada tecla pressionada e decisão cognitiva – para identificar as ineficiências, o que se mostrou ser algo extremamente complicado de se aplicar. Já com a popularização dos computadores além do ambiente corporativo, outras maneiras mais interessantes de melhorar a usabilidade apareceram. Uma importante foi o teste: assistir aos usuários utilizando o produto ou o serviço ao invés de se basear em teorias para encontrar os problemas em usabilidade. Na década de 80, o protótipo foi uma ferramenta desenvolvida para melhorar o teste. A capacidade de construir um modelo de produto/serviço com o máximo valor possível e que possa ser testado com rapidez tem sua relevância até hoje. A evolução acerca da usabilidade deu origem ao terceiro e último pilar do Design Thinking: criar produtos/serviços com alto nível de fidelidade com os usuários, a partir de testes e protótipos para entender o que as pessoas querem e para entregar valor.

Ao mesmo tempo em que as ideias acima surgiram, outra perspectiva sobre o Design Thinking emergiu – o design, em sua função de resolver problemas, como um fenômeno cultural. Por meio dele é possível experienciar e otimizar o mundo em um processo que valoriza a história, o significado e a condição humana.

As críticas ao Design Thinking

Existem estudiosos e designers que não enxergam o Design Thinking como algo tão positivo. Entre as críticas de profissionais relevantes, como Natasha Jen, da Pentagram, Lee Vinsel e o próprio Jon Kolko, é problematizada a maneira como se usa a abordagem (o modo de pensar do designer). De acordo com eles, um conceito complexo, natural – e desordenado, como afirma Jen – é aplicado como um método simples, engessado e alienado do contexto histórico. O que o grupo alerta é que o uso comercial do Design Thinking pode desprendê-lo da essência do design, que mescla a atitude de melhorar uma situação com foco nas pessoas, conceitos intelectuais e a ação de criar “coisas”, de fato.

"In the end, Design Thinking’s not about design. It’s not about the liberal arts. It’s not about innovation in any meaningful sense. It’s certainly not about ‘social innovation’ if that means significant social change. It’s about COMMERCIALIZATION." Vinsel, L. Design thinking is kind of like syphilis—it’s contagious and rots your brains.

“No fim, Design Thinking não é sobre design. Não é sobre artes liberais. Não é sobre inovação em nenhum sentido significativo. Com certeza não é sobre ‘inovação social’ se isso significa mudança social significativa. É sobre COMERCIALIZAÇÃO”. Tradução livre.

No terceiro e último capítulo da série, vamos materializar o que pensamos sobre o assunto com o exemplo do treinamento de Design Thinking para os servidores públicos de Boa Vista (RR), no âmbito do projeto Observatório de Gestão Pública de Boa Vista (OBV), um portal que permitirá que a população acompanhe os gastos e atividades das secretarias municipais da cidade de Boa Vista. Ah, se você quiser conferir o que vimos no primeiro capítulo “História do design – do foco no consumo para o foco no usuário” é só clicar aqui!


Texto por:
Rebeca Bissoli Silvestre e originalmente publicado no Caiena Blog.

 

Campinas Tech no Superlógica Xperience 2019

Campinas sediou nos últimos 06 e 07 de junho a 3ª edição do Superlógica Xperience, o maior evento da economia da recorrência da América Latina. E a Campinas Tech esteve lá, expondo as iniciativas das frentes de trabalho da comunidade empreendedora de alto impacto e apoiando o evento.

Superlógica Xperience 2019 | Foto: Divulgação.

O Superlógica Xperience 2019 contou com 35 horas de conteúdo, 50 expositores, mais de 4000 participantes, mentoria, networking regado à muito chopp e um encerramento apoteótico com show de rock.

Em 5 palcos temáticos – Gestão e SaaS, SaaS, Deep Dive, Imobiliárias e Condomínios – os mais de 85 palestrantes discorreram sobre como a transformação digital das empresas está gerando disrupção nos negócios e criando novos e reais valores para as
pessoas, empresas e sociedade.

Giovanna Vallin, Gerente de Marketing do Superlógica Xperience | Foto: Divulgação.

A abertura do evento foi realizada pela Amanda Camasmie, Head de Marketing e Giovanna Vallin, Gerente de Marketing da Superlógica Xperience, que deram as boas vindas aos participantes e receberam no palco da plenária André Baldini – CEO da Superlógica para apresentar o Panorama da Transformação Digital no Brasil. Na sequência, Douglas Tokuno, Fabricio Bloisi, Lais Ribeiro e Mario Kaphan concluíram as apresentações da primeira manhã do evento. Durante a tarde, mais de 20 palestras foram realizadas com destaque para o painel ‘Como liderar pessoas para a transformação’ mediado pelo Luiz Drouet – Managing Partner da Share RH e Vice-Presidente de Ecossistema da Campinas Tech. Os trabalhos do 1º dia de evento foram concluídos com um show da Banda Oficial da Superlógica.

Dan Tyre, Sales Director da HubSpot | Foto: Divulgação.

A manhã do 2º dia do evento também foi marcada pela realização de mais de 20 palestras. Já na parte da tarde Dan Tyre, Marc Tawil, Lars Silberbauer e Sandra Miller, marcaram presença no palco da plenária e o destaque foi a palestra ‘Superlógica: Culture Code é para os fracos: como a Superlógica criou sua cultura usando memética e peer-pressure’ do Emerson Rodrigues – Head de Cultura da Superlógica e Líder da frente de trabalho de Mapeamento do Ecossistema da Campinas Tech. O evento foi encerrado apoteoticamente com show de rock regado a muito chopp.

Os preparativos para a 4ª edição do Superlógica Xperience já começaram e estão a todo vapor. A expectativa para 2020 é a de receber um público participante ainda maior, e continuar destacando a cidade de Campinas no cenário internacional, como referência nas áreas de tecnologia e empreendedorismo de alto impacto. Mais informações estão disponíveis no xperience.superlogica.com.

E a Campinas Tech estará lá, apoiando e fazendo de Campinas a melhor cidade, não capital, para empreender do Brasil.

Campinas Aqui é o Lugar!

Compreendendo o Design Thinking por meio da história do design

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Foto por Anika Huizinga no Unplash.

Design Thinking é uma buzzword que se tornou muito popular após ser adotada por Tim Brown, da IDEO. Mas ele não foi o primeiro na história do design a utilizar o termo. O tema já é explorado por pesquisadores da área de design desde a década de 80, como Nigel Cross e Bryan Lawson. Nesse meio tempo, muitos modelos de Design Thinking surgiram graças a modos amplamente diferentes de perceber as situações de design e graças às teorias e metodologias desta e de outras áreas, como psicologia e educação. Simultaneamente, isso gerou um vasto arsenal de ideias e metodologias, mas também causou confusão sobre o conceito, já que muitos conteúdos por trás das definições não foram difundidos da mesma maneira.

Como será possível ter um entendimento mais claro sobre Design Thinking? Nós temos uma possibilidade: compreender o assunto por meio de uma viagem pela história do design! Descubra, em uma série de três capítulos, como aconteceram as mudanças de paradigma na história do design, como elas moldaram os pilares do Design Thinking, o que designers e teóricos pensam sobre o conceito e, finalmente, como a Caiena enxerga e utiliza o método.

Capítulo 1: História do design – do foco no consumo para o foco no usuário

Vamos começar resumindo uma das principais mudanças de paradigma da história do design. O design começou a ser mais explorado no século XIX. Ele se desenvolveu em resposta à Revolução Industrial que substituia a produção artesã pela produção em larga escala. Designers observaram a tentativa frustrada de industriais em manter a mesma lógica de produção no novo contexto – reproduzir os produtos feitos à mão e personalizados nas máquinas – e lançaram uma ideia revolucionária. Ao perceber que o centro das atenções devia ser a capacidade da indústria, eles sugeriram que os produtos se adaptassem a ela. Assim, desenharam novas versões dos objetos, em sua forma mais simples, a partir do que as máquinas eram capazes de fabricar e com o objetivo de otimizar a produção.

Com o desenvolvimento da indústria – e toda a história que já conhecemos – o design ainda manteve seu papel de auxiliar a lógica de consumo. Continuou sendo disciplina empregada, principalmente, na criação de aspectos estéticos-formais que tornassem os produtos mais atrativos para o mercado consumidor crescente.

É por isso que dizemos que o design, naquele contexto, era centrado no consumo e/ou na indústria.

Com o passar dos anos, já na época pós revolução industrial, muita coisa mudou. No decorrer de sua atuação, designers enxergaram novas maneiras de pensar a prática. Assim, o design como profissão teve seu viés estratégico aflorado.

“Design has historically been a tangible medium, one where we can clearly see or touch the output of the creative process. (...) But design also generates output that is less apparent. The design of a workspace includes more than just the physical arrangement of a building. The processes used, the working and operating hours, employee titles, corporate hierarchy, and compensation structure – these have all been designed (...).” (Jon Kolko, The divisiveness of design thinking).

“O design tem sido um meio tangível historicamente, em que podemos ver claramente ou tocar no resultado do processo criativo. (...) Mas o design também gera resultados menos aparentes. O design de um espaço de trabalho inclui mais do que apenas o arranjo físico de um edifício. Os processos utilizados, as horas de trabalho e de operação, os títulos dos funcionários, a hierarquia corporativa e a estrutura de remuneração - tudo isso foi desenhado (...).” (tradução livre)

Na transição, o foco deixou de ser o produto e passou a ser as pessoas e os problemas que elas querem/precisam resolver. Ou seja, o design passou a ser centrado nas pessoas.

No desenvolvimento dessa ideia, se configura a lógica do Human-centered Design, de onde surgem ou se relacionam diversas abordagens de projetos, entre elas o Metadesign, o Design Driven Innovation e o Design Thinking.

No próximo post dessa série, vamos explicar de maneira mais detalhada como as mudanças no foco do design foram constituindo os pilares do Design Thinking! Além disso, também apresentaremos a visão de alguns teóricos e profissionais sobre a utilização do método no mundo dos negócios. Não perca!


Texto por:
Rebeca Bissoli Silvestre e originalmente publicado no Caiena Blog.

Mapeamento de conteúdo de Educação Empreendedora da Campinas Tech

A Campinas Tech possui 5 frentes de trabalho atuando na melhoria e integração do fomento do ecossistema empreendedor de Campinas. Uma destas frentes é a Educação Empreendedora, com foco em levantar e compartilhar conhecimento sobre empreendedorismo ajudando os empreendedores e aspirantes a adquirir conhecimento para auxiliar nessa jornada.

A frente de Educação Empreendedora atua com eventos de empreendedorismo em escolas, faculdades e empresas, mapeamento de eventos e ações do ecossistema e divulgação de conteúdo de empreendedorismo.

Confira: Campinas Tech promove Talk Show Empreendedor aos alunos do Anglo Paulínia

Foi realizado um mapeamento de conteúdo de empreendedorismo para auxiliar os aspirantes a darem seus primeiros passos no assunto e garantir mais conhecimento a quem está trilhando este caminho. O conteúdo será revisado e atualizado constantemente no site da Campinas Tech com intuito de deixar o material o mais atual possível.

A lógica do conteúdo se organiza em 3 pilares:

  • Foco no projeto empreendedor: abrange todo o conteúdo para ajudar na trilha do projeto de abertura, crescimento e gestão da startup, compreendendo todo o ciclo de vida do negócio, desde a fase de ideação, passando pela escalabilidade e transformação da startup em um negócio escalável e repetitivo;
  • Foco na pessoa empreendedora: abrange todo o conteúdo com foco nas habilidades sociais e emocionais da pessoa que está buscando ou atuando como empreendedor;
  • Conteúdo de suporte: abrange redes sociais e blogs, digital influencers, livros e podcasts que falam sobre o empreendedorismo.

Esperamos que o conteúdo seja útil. O acesse pode ser feito dentro da aba "conteúdos", aqui no site da Campinas Tech. Acesse agora mesmo!


Texto por:
Frente de Educação Empreendedora da Campinas Tech.


Quer ter ser negócio vinculado a um dos nosso grupos de trabalho (como a frente de Educação Empreendedora)? Saiba como na nossa campanha de patrocínio.

5 motivos para não perder o ExpoBlockchain 2019

ExpoBlockchain 2018 | Foto: ExpoBlockchain/Divulgação.

No próximo sábado, 8 de junho, o ExpoBlockchain em sua 2ª edição desembarca na cidade de Campinas (SP). O evento, que teve sua primeira edição no ano passado, trouxe aos participantes uma experiência única e integrada ao mercado para aqueles interessados no tema e foi um sucesso. Por isso, para te convencer ainda mais a participar, trazemos aqui cinco (e bons) motivos para aproveitar o seu fim de semana marcando presença no evento:

1 - Não precisa saber o que é Blockchain para aproveitar o evento

É claro que um conhecimento prévio sobre a blockchain, cryptomoedas e afins é interessante e até bastante útil para aproveitar os conhecimentos e as oportunidades que poderão surgir. No entanto, o intuito do evento é justamente difundir a grande revolução tecnológica que já se iniciou, abordando os mais variados temas e assim trazer a oportunidade ao público de entender o que é e como a tecnologia blockchain pode impactar o mundo dos negócios e toda a sociedade.

Para empresários, investidores, executivos e pesquisadores o evento é fundamental. Agora, se você sempre teve curiosidade em saber, qual ambiente de aprendizado é melhor do que esse?

2 - O evento será em Campinas!

Eventos como o ExpoBlockchain - em porte e temáticas semelhantes - rotineiramente acontecem em grandes capitais, e isso não acontece à toa: essas cidades concentram o capital financeiro, cultural e humano.

O fato destes grandes eventos começarem a se dirigir ao interior mostra que esse cenário está mudando, e por essa razão é importante apoiar e prestigiar o ecossistema de Campinas.

3 - Os melhores especialistas no assunto compartilhando da melhor maneira possível

O ExpoBlockchain contará com quatro grandes temas relacionados ao assunto, mas que se conectam para trazerem a melhor experiência para o seu aprendizado e reconhecimento de oportunidades, sendo eles:

  • Blockchain - A internet do Valor, onde especialistas e convidados discutirão sobre o surgimento da blockchain, cases de sucesso e os potenciais da tecnologia;
  • Criptomoedas Plataformas e Investimentos, espaço no qual especialistas apresentarão as principais criptomoedas, tokens e plataformas de compra e venda de criptoativos;
  • Painéis de debates, onde especialistas vão debater os desafios tecnológicos e jurídicos das empresas e aplicações que utilizam blockchain e cryptoativos;
  • Painel Internacional com especialistas discutindo como acessar o Mercado Internacional utilizando blockchain e criptoativos.

O evento contará com vários palestrantes renomados, sendo desde CEOs que se utilizam da tecnologia blockchain, até advogados, pesquisadores e consultores. Confira a a lista completa na programação no site do evento.

O membro da comunidade Campinas Tech, Ítalo Borssatto, é um dos palestrantes e recentemente nos concedeu uma entrevista falando um pouco sobre sua carreira no blockchain e suas expectativas para o evento. Confira:

Bate-papo exclusivo com Ítalo Borssatto, um dos convidados do ExpoBlockchain 2019

4 - Se você tem um negócio, essa será uma oportunidade incrível

Se você leu até aqui, viu que o simples fato do evento ser em Campinas pode gerar várias oportunidades para negócios na cidade, mas essa não precisa ser a única vantagem que o ExpoBlockchain pode trazer. Em seu site, o evento coloca-se ao visitante como um Fórum Internacional que pretende quebrar a barreira de internacionalização, contemplando como a tecnologia blockchain pode acessar o Mercado internacional, com cases que já estão sendo desenvolvidos na Ásia e Europa.

ExpoBlockchain 2018 | Foto: ExpoBlockchain/Divulgação.

Seja o seu negócio de grande, médio ou pequeno porte, tradicional ou startup, essa é a melhor ocasião para pensar e refletir em como expandir suas operações nacional e internacionalmente, além de ampliar a sua rede.

5 - A Expoblockchain é parceira da Campinas Tech

A Campinas Tech reconhece todo o potencial do evento, e todo o impacto e fortalecimento que ele certamente trará para o nosso ecossistema. Por isso, somos parceiros oficiais da ExpoBlockchain! Durante o sábado, estaremos lá prestigiando o evento e também buscando oportunidades. Assim, você pode aproveitar para nos conhecer melhor, tirar suas dúvidas e quem sabe entrar para a nossa comunidade.

 



Não deixe de participar do ExpoBlockchain 2019! Inscreva-se via Sympla.

Da ciência da Química para catalisador do empreendedorismo

Azarite compartilha sua trajetória profissional e os indicadores da Venture Hub

José Eduardo Azarite - vice-presidente de Corporate Innovation da Venture Hub | Foto: Ariela Maier/Campinas Tech.

José Eduardo Azarite é vice-presidente de Corporate Innovation da Venture Hub, um hub de aceleração de startups e inovação corporativa que desenvolve e opera programas de aceleração e inúmeras ações de fomento ao ecossistema de inovação e empreendedorismo na Região Metropolitana de Campinas. Conheça um pouco mais sobre a história da Venture Hub e o que ela está fazendo para trazer mais inovação à nossa área:

Por que a Venture Hub foi criada?

O cenário econômico e de negócios atual no Brasil apresenta forte projeção para o surgimento e crescimento de startups e além disso oportunidades de trabalho serão cada vez mais geradas através do empreendedorismo. Empresas de todos os tamanhos cada vez mais percebem que a cultura de inovação interna e também a inovação aberta são fortes vetores de crescimento sustentável. Diante desse cenário, uma aceleradora de startups e inovação corporativa pode se posicionar e essa foi a oportunidade que a Venture Hub vislumbrou.

Por que Campinas foi escolhida como cidade de implantação?

Campinas/região é um forte polo com uma boa infraestrutura na área de educação, com a presença de importantes instituições de ensino e pesquisa, apresentando ativos intelectuais de alta qualidade e nível global. Da mesma forma, grandes empresas estão localizadas na região, com acesso a tecnologias competitivas a nível mundial.

Além disso, enxergamos como matéria-prima para nós, os empreendedores, e temos que estar em um lugar com pessoas querendo empreender e, preferencialmente, em negócios que possam ser escaláveis em uma visão global. Acreditamos que o ecossistema de Campinas é uma área extremamente fértil para geração de pessoas com mindset empreendedor, além de ser um celeiro de profissionais na área tecnológica.

O que a Venture Hub tem feito para promoção da inovação e empreendedorismo?

A Venture Hub apoia a realização de todas e quaisquer iniciativas que possam promover o amadurecimento do ecossistema de inovação e empreendedorismo. Por exemplo, promoção de eventos e meetups com temáticas tecnológicas em sua maioria, tais como, como Biotech, Blockchain, Investimento (em conjunto com a CampinasTech), Agtech, Inteligência Artificial, dentre outras iniciativas em parceria com outras instituições, comunidades ou empresas. Esses eventos acontecem de maneira a atrair os olhos das pessoas que gostam dessas áreas, aproximando investidores, pesquisadores e corporações que buscam por inovação e pessoas empreendedoras.

Também operamos e desenvolvemos programas de aceleração onde passam mais de 70 startups por ano. Um ótimo exemplo que ilustra esse cenário é o Founder Institute, maior aceleradora de StartUps em fase inicial do mundo, que é dirigido em Campinas pelos sócios fundadores da Venture Hub. Em adição a isso, temos outros programas de aceleração para estágios mais avançados na jornada de uma Startup.

Quantas empresas já passaram pela Venture para aceleração?

Ao todo, mais de 120 Startups já foram aceleradas desde a criação da empresa. Começamos como uma Venture Builder em 2016, num modelo mais customizado “caso a caso”, até que os sócios entenderam e aplicaram um modelo de escala. A partir daí os números cresceram substancialmente, com cerca de 30 Startups aceleradas em 2017, 50 em 2018 e estimadas 70 para 2019.

Quais são os parceiros da Venture Hub, e como vocês atuam em sinergia/parceria? Pode nos dar um exemplo?

Como atuamos de forma neutra em relação aos diferentes atores do ecossistema, as parcerias e a colaboração são fundamentais para o desenvolvimento do nosso negócio. Destaco como alianças institucionais principalmente a Fundação Fórum Campinas Inovadora e Campinas Tech.

No que tange educação, temos diversas parcerias com instituições de ensino, com destaque para Inova Business School, onde atuamos de forma conjunta na curadoria de Masters de extensão e pós graduação; PUC-Campinas, oferecendo cursos de extensão focados em ecossistema e empreendedorismo; Unicamp, com apoio aos programas de empreendedorismo focados em Inovação, como por exemplo o Desafio Unicamp. Além de outras instituições parceiras como Facamp, UFSCar, Mackenzie, etc.

Também temos parcerias relevantes com Institutos de Ciência e Tecnologia, tais como CPqD, atuando no fomento a áreas tecnológicas como Blockchain, IoT, AI, etc; Embrapa, com atuação forte em tecnologia para o Agronegócio; ICTS do qual somos parceiros em programas de aceleração de startups de base tecnológica, com ênfase em automação bancária e de processos industriais. Outros ICTs como Venturus, IAC, ITAL, etc., também estão em nossa rede de maneira bem ativa.

Existem planos de expansão para outras cidades?

A Venture Hub já está presente em San José, no Vale do Silício na Califórnia, onde já exercemos a conexão com ecossistemas locais e mundiais por meio de um spot proporcionado por um investidor da empresa. Temos intenção de expandir para outros ecossistemas "férteis" do país. Possuímos um modelo de Hub de Inovação que pode ser replicável e escalável para outros locais, já em avaliação.

Lendo um pouco sobre sua trajetória profissional, por que da formação em Química você quis seguir para a área de marketing e inovação?

Depois da minha formação em Química na Unicamp em 1983, fui pesquisador na área em uma instituição governamental, que foi privatizada em 1998. Foi então necessário a criação de uma área comercial, para a qual eu me preparei fazendo um MBA em Marketing e uma formação em “Processo Criativo”, as bases para o que atualmente denominam “Design Thinking”. Desta forma, me candidatei e acabei responsável pelo desenvolvimento de negócios, vendas e marketing da Fundação CPqD.

Em 2014, além de vice-presidente no CPqD, passei a ser presidente da Fundação Fórum Campinas Inovadora, que é uma instituição que busca promover o desenvolvimento regional através da inovação e do empreendedorismo. Foi nesse período que digo que “fui picado por um bichinho” que me fez perceber o poder do ecossistema organizado, enxergando em Campinas e região um território com forte vocação para o desenvolvimento baseado no conhecimento.

Comecei então a atuar institucionalmente para colaborar com o aprimoramento desse ecossistema. Vi que havia uma oportunidade forte para o futuro em me posicionar e estar presente e atuante com base em inovação aberta e empreendedorismo. Saí do CPqD em Janeiro de 2018, me tornando sócio na Venture Hub-Corp, onde sou um dos responsáveis pelas ações de inovação corporativa e da conexão do mundo das startups com as grandes empresas que veem nesse contexto a possibilidade de desenvolvimento de negócios, parcerias e investimentos.

A Química é a ciência das interações, pois todos os compostos químicos estáveis fazem boas “combinações” entre moléculas e átomos, e gosto de aplicar essa analogia ao atual mundo dos negócios e do trabalho, em que um ecossistema virtuoso é como se fosse resultado da “boa química” das interações entre as pessoas que estão nesse ecossistema.

Eu trouxe da Química a metáfora das boas interações, de modo que enxergo o networking como a química perfeita.

Quais foram e quais estão sendo os principais desafios da Venture Hub, seja na hora de acelerar empresas ou em outras ações?

Um desafio importante que temos é atrair bons empreendedores. Dizemos que uma boa ideia na mão de um mau empreendedor não vai resultar em bons negócios, mas uma ideia não tão boa nas mãos de um empreendedor de bom perfil, focado, assertivo e resiliente certamente tem maiores chances de sucesso. Queremos nos tornar o principal lugar onde bons empreendedores querem estar!

Outro desafio, é que o Brasil passa por um momento interessante. Muitos investidores têm olhado para nossos empreendedores com bons olhos, mas ainda temos um ambiente de negócios um pouco conturbado. Estamos sendo insistentes, em permitir que esses bons empreendedores “surfem” nesse ambiente conturbado, mostrando para eles que qualquer empreendimento que passe por aqui, tem que possuir uma visão exponencial e de internacionalização.

Quais os próximos passos da Venture Hub? Serão diferentes frentes das citadas anteriormente?

O nosso DNA tem a ver com startups e empreendedorismo, mas para chegar nessa relação com perfeição, temos que fazer a conexão desse mundo com o ambiente de negócios. Por isso, estamos agindo fortemente com inovação corporativa e metodologias ágeis, levando para as grandes empresas o jeito de pensar das startups, com programas de transformação cultural até a aproximação dessas empresas com startups para investimentos ou parcerias. Alguns dos nossos clientes são a L’Oréal, Philip Morris, AGV Logística, Scholle IPN, dentre outras.

Tem algum ponto importante e que deseja falar nessa entrevista que não foi abordado?

Acreditamos muito no papel que a Campinas Tech tem para turbinar a cultura empreendedora na região. Precisamos de uma instituição que atue na base da pirâmide, com ênfase nas boas práticas de ecossistemas em que a colaboração e a cultura do risco e da tolerância ao erro sejam pilares quase que “doutrinários”, abrindo espaço para o surgimento de muitos e muitos empreendedores. Por isso, 100% das ações da Campinas Tech são apoiadas pela Venture Hub, pois boas comunidades geram ambientes para geração de negócios.


Entrevista e texto por:

Por Ariela Maier – Redação do Campinas Tech.

Campinas Tech promove Talk Show Empreendedor aos alunos do Anglo Paulínia

1º Talk Show de 2019, realizado na Unicamp em parceria com a Liga Empreendedora | Foto: Campinas Tech.

A Campinas Tech promove no próximo dia 18 de maio mais uma edição do Talk Show de Educação Empreendedora, cujo objetivo é incentivar estudantes a planejarem suas carreiras de maneira mais inovadora. O Talk Show Empreendedor será destaque no período da manhã durante a Mostra de Profissões, realizada pelo Colégio Anglo de Paulínia aos estudantes do Ensino Médio.

No dia 18, os entrevistados serão os empreendedores Leonardo Pinheiro e Adriana Roma. Leonardo é o mais novo associado da Campinas Tech, organizador do Startup Weekend, e falará sobre os desafios pela busca de soluções inovadoras na carreira e também sobre sua experiência como Project Leader à frente da CPFL Energia. Já Adriana é empreendedora na área na empresa Há Propósito Comunicação, fundadora do site EncontroELAS, dedicado ao empreendedorismo feminino, e membro da Campinas Tech.

O evento será mediado pelos membros do Campinas Tech, Wlademir Guilherme Jr. e Douglas Akassaka, responsáveis pela iniciativa. Wlademir explica que o talk show é uma contribuição do Campinas Tech aos jovens que em breve estarão no mercado de trabalho, e que visa atender à necessidade latente no país de fomentar o empreendedorismo.

“Os cursos mais técnicos ensinam a trabalhar a organização e o planejamento, mas a essência do empreendedorismo não é ensinada. É importante preparar os jovens para um novo momento, principalmente diante deste cenário difícil do mercado de trabalho. A nossa intenção é provocar os alunos, fazer com que conheçam histórias inspiradoras por meio dos entrevistados e que possam interagir com ele e com os membros do Campinas Tech. É uma oportunidade de levar nosso conhecimento para dentro da universidade e escolas”, ressalta Wlademir.

2º Talk Show de 2019, realizado na PUC-Campinas e parte da programação oficial do Dia Mundial d Criatividade | Foto: Campinas Tech.

Educação Empreendedora

O Talk Show é um painel com empreendedores e especialistas, levados aos ambientes escolares - faculdade, universidade, escolas técnicas e de Ensino Médio de Campinas e Região. A iniciativa é de responsabilidade dos membros do Campinas Tech, da frente de trabalho de “Educação Empreendedora”. O objetivo é criar um ambiente dinâmico e interativo para despertar nos estudantes um novo ponto de vista diante da carreira escolhida, para que possam planejar sua trajetória profissional vislumbrando novas possibilidades, que não apenas o emprego tradicional dentro de empresas. Este será o terceiro evento realizado em 2019. As edições anteriores foram realizadas na PUC-Campinas e na Unicamp.