Recorrência: o modelo que vai transformar sua empresa

Segundo a Gartner, até 2020, 80% das empresas de tecnologia serão negócios de assinatura. É um dado impactante, mas o que isso quer dizer? Que a economia do acesso e a recorrência chegaram para ficar. Por isso, vamos te explicar mais sobre estes termos e como eles impactam diretamente no faturamento das empresas.

O que é a economia do acesso?

Você se lembra qual foi a última fita que você alugou na locadora? Bom, dependendo da sua idade, talvez você nem saiba como é essa experiência. E o último CD que comprou?

Pensando assim, faz tanto tempo, não é mesmo?! É porque hoje todo mundo quer acesso e não, necessariamente, a posse das coisas. É muito mais prático assinar o Spotify, Deezer ou outra plataforma de streaming de música para ouvir seus artistas favoritos.

Pra que ir na locadora, alugar um filme e pagar multa por esquecer de rebobinar a fita, se você pode assinar o Netflix e ter 24 horas de filmes e séries no conforto do seu lar?

Isso é a economia do acesso! E, muitos negócios, não só surgiram por conta disso, mas grandes empresas também se reinventaram.

A Microsoft, por exemplo, vende assinatura para os softwares, mais conhecido como modelo SaaS (Software as a Service). A Amazon criou a Amazon Prime, um serviço completo baseado no modelo de assinatura. Disponibilizando filmes, séries, e-books e frete gratuito para os assinantes.

E sabe o que todas essas empresas têm em comum? Elas cobram através da recorrência. E eu vou te contar mais sobre o que ela pode fazer com a sua empresa.

O que é recorrência?

Todos os produtos e serviços que citamos acima, e muitos outros, são utilizados e cobrados de forma recorrente. Ou seja, através de assinaturas, planos ou mensalidades.

Mas, por que optar por esse modelo de cobrança? Quais os benefícios que ele traz para as empresas?
- São muitos, te garanto.

 

Fidelização de clientes

Ao oferecer produtos e serviços de forma recorrente e cobrá-los da mesma maneira, você acaba fidelizando seus clientes. E não estamos falando de obrigação, de se manter fiel para não pagar multa.

Neste modelo, o cliente vê valor no que sua empresa oferece e acaba criando um vínculo, ficando mais próximo à sua marca.

 

Previsão dos lucros

O benefício de fidelizar o cliente impacta diretamente na previsão dos lucros. Ao vender e cobrar de forma recorrente, é muito mais fácil prever o quanto será seu faturamento em um determinado período de tempo.

Com isso, o planejamento geral do seu negócio é muito mais assertivo: pois você sabe quanto pode gastar e quanto tem a receber.

 

Automatização da cobrança

Para realizar cobranças de forma recorrente, é importante contar com uma plataforma completa para que você consiga gerenciar seus clientes.

E claro, que seja capaz de criar disparos através de uma régua de cobrança, emitir boletos, ter segurança na hora de armazenar os cartões e mais.

Com isso, você diminui a chances de erros humanos e economiza tempo.


Participe da nossa próxima live "Como se sobressair na crise no mercado de vendas recorrentes", no dia 08 de junho ?

E entenda como a Datasafer vem se sobressaindo ao criar ações personalizadas para atender aos seus cliente no mercado de TI.
(Acompanhe uma análise SWOT e sai do encontro colocando a mão na massa)

Saiba mais e participe!


Recorrência: o melhor evento sobre o assunto

Temos um convite para você!

Dia 24 de Outubro, no Expo Center Norte, a Vindi fará o Recorrência, um evento completo para falar sobre esse modelo de negócios e sobre toda transformação digital que o assunto envolve.

Veja quem vai palestrar no evento:

  • Vicente Carrari - Google
  • Rodrigo Gianotto - Empiricus
  • Mayumi Sato - Sexlog
  • Bruno Stefani - Ambev
  • Marisa Peraro - Pró Corpo
  • Nicolau Mari de Camargo - Sem Parar
  • Daniella Melo - Cheftime
  • André Campelo - Por dentro da História
  • Dennis Herszkowicz - TOTVS
  • Leonardo Araújo - Site do Ovo
  • Rodrigo Miranda - Zaitt
  • Moacy Veiga - Kinvo
  • Marcelo Ebert - YVY
  • Rodrigo Dantas - Vindi
  • Álvaro Englert - TAG Livros
  • Pedro Quintanilha - Mentalidade Empreendedora
  • Dhaval Chadha - Classpass

Clique no banner abaixo e garanta já o seu ingresso!


Redação por:
Comunicação da Vindi, associada da Campinas Tech.

Campinas Tech lança programa de mentoria avançada em Acesso a Capital

Com o intuito de ajudar empreendedores a conhecer os melhores processos de acesso a capital para sua startup, a Campinas Tech lança um programa de mentoria avançada que contará com empresários renomados do ecossistema empreendedor de Campinas.

Fruto do trabalho de organização e curadoria dos voluntários da área de Acesso a Capital, as mentorias vêm para dar suporte ao empreendedor que busca crescer através de funding, contando com toda a experiência dos mentores empreendedores para auxiliá-los durante a jornada. O programa será constituído de encontros mensais, no qual cada empreendedor contará com uma hora na companhia de um mentor, conhecendo não só os cases da empresa como também recebendo lições de como captar recursos durante cada processo.

Além de toda a experiência, os mentores ainda ajudarão a conectar as startups participantes a outras redes e como aproveitar essas novas conexões para alcançar melhores oportunidades na obtenção de financiamento e otimização dos recursos, ajudando a definir as prioridades de como esse dinheiro deverá ser gasto e assim potencializar as áreas internas do negócio.

O programa surgiu a partir da necessidade de auxiliar empreendedores que já estejam em estágio avançado, mas que ainda enfrentam alguns empecilhos para o seu crescimento. Com a imersão em conhecimentos que encurtam o caminho para o acesso a capital e a uma rede de contatos mais qualificada, espera-se que os participantes cresçam ao mesmo tempo que mantêm a empresa lucrativa, com uma boa gestão, retenção de bons talentos e o aperfeiçoamento da qualidade dos produtos.

Nessa primeira edição, o programa terá como mentores os empresários:

  • Carlos Cêra, fundador da Superlógica e da PJBank, onde atualmente é CEO;
  • César Gon, CEO da CI&T e investidor e membro do concelho de várias startups;
  • Daniel Gomes, cofundador e CEO da Nexoos;
  • Leandro Coletti, líder da área de Receitas da Rocket.chat e investidor na New Enterprises Associates;
  • Igor Santiago, fundador e CEO da I.Systems.

O período de inscrições para o programa vai de  20 de agosto a 20 de setembro, e devem ser feitas por este formulário. Os selecionados serão anunciados no início de setembro.

VOIX na Singularity University

Marcos Linhares e Peter Diamondis, cofundador da Singularity University | Foto: Arquivo pessoal do Marco Linhares.

Criada pelo Google e pela NASA, a Singularity University é o sonho dos mais respeitados cientistas, professores e mentes criativas do mundo. A universidade foi fundada em 2009, por Peter Diamandis e Ray Kurzweil, e rapidamente tornou-se sinônimo de educação executiva inovadora, ao oferecer cursos e palestras sobre a "transformação digital" e o futuro de várias áreas.

Uma das iniciativas da Singularity University é o Global Startup Program (GSP), que foi totalmente repaginado em 2018 e apresentado em 2019 como um programa para startups que buscam impactar globalmente com ideias radicais. Esta edição conta com 47 participantes de 19 países, sendo 14 brasileiros. Entre eles está Marco Antônio Linhares, fundador e CEO da VOIX.

Por meio de jogos e realidade virtual, a VOIX ajuda educadores a trabalhar temas sobre a aceitação da diversidade, como racismo, igualdade de gênero, cyberbullying e obesidade, desenvolvendo nos alunos as competências do futuro: autoconhecimento, autogestão, comunicação, empatia, dentre outras. O objetivo é combater preconceitos e reduzir a incidência de bullying. Na entrevista abaixo, Marco Linhares conta um pouco mais sobre o assunto. Confira!

Prédio da Singularity University dentro da NASA | Foto: Arquivo pessoal do Marco Linhares.

Poderia contar um pouco sobre sua formação e trajetória profissionais?

Sou formado em engenharia e ciência da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Fui professor de matemática durante quase três anos, quando dei aulas em um projeto de extensão da Unicamp.

Você vivenciou alguma experiência de bullying ou preconceito, seja na infância ou na vida adulta? Se sim, como ela contribuiu com a criação da VOIX?

Sim, sofri bullying quando era novo e vi o quanto de estrago isso pode fazer na vida de uma pessoa. Porém, o maior motivo de inspiração na criação da startup foram as aulas de matemática que dei em um projeto de extensão da Unicamp por quase três anos. Eram aulas de reforço para alunos de colégios públicos. Desta vivência pude notar que parte desses alunos sofria pressão pela condição social deles.

Baixa autoestima, pressão dos pais para passar no vestibular rápido e trazer alguma renda para a família e a própria condição social limitava os seus sonhos e aonde acreditavam que poderiam chegar. Todo esse contexto acabava tendo grande peso nas decisões deles de curto prazo. Comecei, então, a estudar metodologias para aumentar a autoestima dos alunos e desenvolver o seu propósito. Comecei então o que eu chamei de “aulas para sonhar grande”. Essas aulas acabaram transformando-se em um projeto para combater preconceitos, bullying e despertar o potencial dos alunos para terem uma vida extraordinária.

E como foi esse insight que resultou na VOIX?

O insight veio quando eu participei do programa Apple Developer Academy. Durante o programa, eles fizeram uma parceria com um Instituto de Pesquisas na Suíça e eu fui selecionado para passar 3 semanas lá estudando a igualdade de gênero em empresas de tecnologia. Nesse período, desenvolvi um aplicativo para empresas que queriam contratar mais mulheres. O app consistia em um teste para entender o perfil dos colaboradores em relação à diversidade.

O teste acabou não dando muito certo pois as pessoas acabavam respondendo o que era mais socialmente aceito, independente da sua opinião. Saí do programa com a ideia de aplicar esse teste em uma fase de vida em que as pessoas ainda estão construindo os seus valores. E daí veio a ideia de trabalhar com escolas. E para trabalhar os temas do teste, tive a ideia de criar um jogo e então começou o processo de pensar em como seria o jogo: competitivo ou colaborativo e qual era a melhor mecânica para a partida. Depois de testar mais de 50 jogos, fui percebendo o que fazia mais sentido e desenvolvi uma mecânica que estimula a discussão utilizando um tabuleiro, cartas e um aplicativo.

O que percebo é uma tendência do ser humano de estar em grupos, mas a gente não sabe que ao fazer brincadeiras pode estar gerando o mal. A ideia do jogo é criar empatia, aumentando a tolerância dos alunos e diminuindo a incidência de bullying, para gerar mais consciência e respeito ao próximo.

Por que você decidiu se aplicar para participar do Global Startup Program na Singularity University?

Eu conheci uma pessoa de Campinas que fez o programa e decidi pesquisar mais a respeito. Achei sensacional a ideia de juntar várias pessoas do mundo inteiro para resolver os maiores problemas da humanidade, ainda por cima fazendo isso dentro da NASA! Por isso, resolvi me candidatar, mesmo achando que não tinha chance alguma.

Como foi o processo de seleção para a VOIX participar do programa?

Fiz a inscrição em novembro do ano passado, respondendo a uma série de perguntas e gravando um áudio. Tive que falar sobre o estágio atual da empresa, experiências anteriores com outras startups, se eu já tinha conseguido captar dinheiro para algum projeto e o porquê de eu querer participar do programa.

O resultado saiu em janeiro deste ano. Mesmo hoje, ainda é difícil acreditar como me escolheram dentre tantas pessoas com projetos tão incríveis. Acredito que passei por conta do meu histórico trabalhando no desenvolvimento de comunidades e porque quero levar a VOIX para outro patamar, colocando nossa solução em todos os cantos do planeta. E também, porque de alguma maneira perceberam que eu estaria disposto a fazer o que fosse necessário para alcançar esse objetivo.

Como você conseguiu o valor de USD 30mil para participar desse programa?

No momento da inscrição, ficamos sabendo que o programa tem um custo de 30 mil dólares. Eles nos perguntam quanto temos para pagar. Eu disse que ia vender o carro e poderia pagar $5mil do programa com esse valor. Ao receber a carta de aprovação, fiquei muito feliz, mas também começou o maior desafio da minha vida até então: eles não aceitaram o que propus e me cobraram o valor inteiro. Além disso, eu teria que pagar $10mil dólares em 5 dias e mais $20mil dólares apenas 20 dias depois.

A primeira coisa que fiz foi colocar o carro à venda. Depois, usei minha rede de 7 anos de empreendedorismo da Liga Empreendedora e consegui muita gente da comunidade divulgando e fazendo conexões, mas nada de dinheiro.

Eu achei que seria mais fácil fazer essa captação, que eu iria falar da Singularity University para as empresas e o valor viria facilmente. Mas não foi o que aconteceu. Durante as 3 semanas para o prazo do pagamento, conversei com mais de 80 empresas.

Depois da primeira semana, eu vi que estava mais difícil do que imaginei e abri o crowdfunding. Coloquei o jogo à venda no site da campanha e outros cursos online que tinha a intenção de criar. Fiz uma divulgação bem maior e consegui R$4mil por lá. Na última semana, eu fui em uma escola em São Paulo e consegui R$20mil para desenvolver um jogo para eles, semelhante ao VOIX.

Também peguei parte do valor emprestado com amigos e familiares e “chorei” muito por um desconto com a Singularity. No fim, consegui 5 mil dólares de desconto, diminuindo o valor total para 25 mil dólares.

A única coisa que pensava era: se eu tenho uma chance maior de fazer a VOIX gerar mais impacto por conta da Singularity, vale a pena qualquer sacrifício. Por isso me empenhei tanto para conseguir o valor. Consegui pagar o valor um dia antes do término do prazo. E quase todo o dinheiro só chegou no final da última semana. Foi tudo muito intenso até o dia de pagar.

Leia também: Startup campineira é aprovada na Singularity University

O que aconteceu durante o tempo que você passou na Dinamarca? Quais pontos foram abordados pela Singularity?

O programa é sensacional. Ele é composto de 3 fases, sendo duas presenciais. Em Copenhagen aconteceu a primeira fase presencial. São 4 semanas, com aulas e atividades individuais e em grupo, de segunda a sexta, das 07:30 às 20:00 horas. Nas primeiras duas semanas, aprendemos com os maiores especialistas do mundo a respeito das tecnologias exponenciais e em como o mundo está mudando rapidamente. Tivemos workshops sobre robótica, blockchain, realidade virtual, etc.

O objetivo era desenvolver um moonshot, ou seja, o nosso tiro para a lua: o que queremos ver de melhoria no nosso planeta, focando em impactar 1 bilhão de pessoas nos próximos 10 anos, quantidade essa equivalente a 10% da população global em 2029.

Nas últimas duas semanas, desenvolvemos um plano de ação pensando em como será o futuro e o que teremos desenvolvido em 2029. Com isso, fazemos um trabalho de trás para frente, ou seja, de 2029 até 2019, planejando os próximos passos de curto e médio prazo.

Entrada da Nasa Research Park | Foto: Arquivo pessoal do Marco Linhares.

Quais os próximos passos do programa?

A próxima fase do programa acontece dentro da NASA, no Vale do Silício. Lá será uma fase mais prática. Irei me conectar com mais pessoas e investidores para fazer as parcerias certas para colocar o moonshot em ação. Serão mais 30 dias por lá. Depois dessa fase, teremos mais 9 meses de acompanhamento pela plataforma, com acesso à toda a rede de mais de 60.000 pessoas da Singularity University.

Após o término do programa, o que você espera que aconteça com a VOIX?

Em um ano espero que a VOIX esteja em processo de expansão para o exterior e com o desenvolvimento de produtos mais tecnológicos.

Vista de dentro da NASA | Foto: Arquivo pessoal do Marco Linhares.

Como o ecossistema Campinas Tech tem colaborado com a VOIX?

Em fevereiro, logo após ter saído o resultado da aprovação na Singularity, o Campinas Tech abriu espaço para eu falar sobre a VOIX na reunião geral do ecossistema. Por causa disso, várias portas se abriram e consegui me conectar com muita gente interessada em me ajudar. A primeira reportagem sobre a VOIX foi da própria Campinas Tech e depois saíram outras reportagens pela Globo, Band, TV Unicamp e a revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.

A Campinas Tech é um ambiente colaborativo em que as pessoas se ajudam e assim há muito mais chances de as coisas darem certo. Essa é a importância de fortalecer o ecossistema.

A campanha continua aberta e quem tiver interesse em conhecer mais, ajudar financeiramente ou caso conheça escolas que queiram implementar programas para combater o bullying, podem acessar o link da campanha.


Entrevista e texto por:
Ariela Maier, voluntária no Grupo de Trabalho de Comunicação da Campinas Tech.

 

Embrapa e Venture Hub selecionam startups para programa de aceleração

Startups que desenvolvem tecnologias digitais para o agronegócio têm até o dia 17 de agosto para se inscreverem no programa de aceleração promovido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP) e a Venture Hub. O TechStart Agro Digital vai selecionar até oito startups que participarão de um processo estruturado, com mentorias especializadas, treinamentos e oportunidades de interação com grandes e médias empresas, investidores e instituições de pesquisa, além de apoio nas áreas jurídica, de propriedade intelectual e contábil.

Foto: Divulgação

O objetivo é contribuir para o desenvolvimento e a escalada tecnológica de novas soluções para o agronegócio, oferecendo apoio às startups no processo de teste e validação do produto, na avaliação do seu posicionamento de mercado, formas de operação e projeções financeiras. A iniciativa atende também aos interesses de empresas parceiras do programa que poderão identificar tecnologias com potencial para integrar seus negócios e avaliar possibilidades de investimento.

O programa TechStart Agro Digital também vai oferecer aos participantes facilidades de acesso a campos experimentais das Unidades da Embrapa e à infraestrutura de coworking do Innovation Hub Campinas, um espaço de colaboração e inovação aberta. As startups selecionadas terão direito ainda a acessar gratuitamente as informações e modelos agropecuários gerados pela Embrapa disponíveis na plataforma AgroAPI. A ferramenta pioneira no Brasil foi lançada em abril e contempla desde dados sobre cultivares e produtividade até zoneamentos agrícolas. As informações são acessadas por meio de APIs (interface de programação de aplicativos, na tradução do inglês), úteis para o desenvolvimento de softwares e aplicativos móveis, com redução de custo e de tempo.

O segmento de empresas startups com foco em inovações para o agronegócio, as chamadas AgTechs, vem crescendo de forma significativa no Brasil. A estimativa do Censo AgTech Startups Brasil é de que existam mais de 300 empresas atuando no País. Há pelo menos três anos, a Embrapa Informática Agropecuária vem intensificando sua participação em programas de apoio aos novos empreendedores, atuando como uma facilitadora no ambiente de inovação aberta. “O TechStart Agro Digital será o primeiro programa de aceleração que a Unidade entra como organizadora principal, em parceria com a Venture Hub”, explica o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Carlos Meira. O intuito é ajudar a impulsionar a chegada de novas tecnologias ao mercado, que atendam aos desafios do agricultor e agreguem valor à produção agrícola.

O lançamento oficial aconteceu no dia 17 de junho, durante evento de negócios digitais promovido pela Embrapa. De acordo com o executivo da Venture Hub, Érico Pastana, o programa foi pensado como uma forma de melhorar o processo de inovação e ampliar a capacidade de geração de novas soluções. O TechStart conta também com o apoio da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

Como participar

As startups interessadas deverão inscrever propostas de soluções para problemas reais da agricultura em oito diferentes temas: Gestão de Risco Agrícola; Identificação e Detecção de Pragas e Doenças; Cadeia de Hortifruti; Automação e Robotização no Campo; Biotech; Manejo e Monitoramento; Pecuária de Precisão; e Nutrição e Sanidade Animal. Para participar, basta acessar o site do programa TechStart Agro Digital (clique aqui) e preencher o formulário de inscrição, gratuitamente. As etapas de seleção seguem fluxo contínuo e incluem uma triagem inicial, entrevistas e a participação num Pitch Day, quando as propostas serão apresentadas para uma banca avaliadora. Concluída esta fase, as startups selecionadas darão início ao processo de aceleração, previsto para setembro. O encerramento desta primeira rodada do programa deve acontecer em fevereiro do próximo ano, com a apresentação final dos produtos e modelos de negócios.


Texto originalmente publicado pela Embrapa.

5 motivos para não perder o ExpoBlockchain 2019

ExpoBlockchain 2018 | Foto: ExpoBlockchain/Divulgação.

No próximo sábado, 8 de junho, o ExpoBlockchain em sua 2ª edição desembarca na cidade de Campinas (SP). O evento, que teve sua primeira edição no ano passado, trouxe aos participantes uma experiência única e integrada ao mercado para aqueles interessados no tema e foi um sucesso. Por isso, para te convencer ainda mais a participar, trazemos aqui cinco (e bons) motivos para aproveitar o seu fim de semana marcando presença no evento:

1 - Não precisa saber o que é Blockchain para aproveitar o evento

É claro que um conhecimento prévio sobre a blockchain, cryptomoedas e afins é interessante e até bastante útil para aproveitar os conhecimentos e as oportunidades que poderão surgir. No entanto, o intuito do evento é justamente difundir a grande revolução tecnológica que já se iniciou, abordando os mais variados temas e assim trazer a oportunidade ao público de entender o que é e como a tecnologia blockchain pode impactar o mundo dos negócios e toda a sociedade.

Para empresários, investidores, executivos e pesquisadores o evento é fundamental. Agora, se você sempre teve curiosidade em saber, qual ambiente de aprendizado é melhor do que esse?

2 - O evento será em Campinas!

Eventos como o ExpoBlockchain - em porte e temáticas semelhantes - rotineiramente acontecem em grandes capitais, e isso não acontece à toa: essas cidades concentram o capital financeiro, cultural e humano.

O fato destes grandes eventos começarem a se dirigir ao interior mostra que esse cenário está mudando, e por essa razão é importante apoiar e prestigiar o ecossistema de Campinas.

3 - Os melhores especialistas no assunto compartilhando da melhor maneira possível

O ExpoBlockchain contará com quatro grandes temas relacionados ao assunto, mas que se conectam para trazerem a melhor experiência para o seu aprendizado e reconhecimento de oportunidades, sendo eles:

  • Blockchain - A internet do Valor, onde especialistas e convidados discutirão sobre o surgimento da blockchain, cases de sucesso e os potenciais da tecnologia;
  • Criptomoedas Plataformas e Investimentos, espaço no qual especialistas apresentarão as principais criptomoedas, tokens e plataformas de compra e venda de criptoativos;
  • Painéis de debates, onde especialistas vão debater os desafios tecnológicos e jurídicos das empresas e aplicações que utilizam blockchain e cryptoativos;
  • Painel Internacional com especialistas discutindo como acessar o Mercado Internacional utilizando blockchain e criptoativos.

O evento contará com vários palestrantes renomados, sendo desde CEOs que se utilizam da tecnologia blockchain, até advogados, pesquisadores e consultores. Confira a a lista completa na programação no site do evento.

O membro da comunidade Campinas Tech, Ítalo Borssatto, é um dos palestrantes e recentemente nos concedeu uma entrevista falando um pouco sobre sua carreira no blockchain e suas expectativas para o evento. Confira:

Bate-papo exclusivo com Ítalo Borssatto, um dos convidados do ExpoBlockchain 2019

4 - Se você tem um negócio, essa será uma oportunidade incrível

Se você leu até aqui, viu que o simples fato do evento ser em Campinas pode gerar várias oportunidades para negócios na cidade, mas essa não precisa ser a única vantagem que o ExpoBlockchain pode trazer. Em seu site, o evento coloca-se ao visitante como um Fórum Internacional que pretende quebrar a barreira de internacionalização, contemplando como a tecnologia blockchain pode acessar o Mercado internacional, com cases que já estão sendo desenvolvidos na Ásia e Europa.

ExpoBlockchain 2018 | Foto: ExpoBlockchain/Divulgação.

Seja o seu negócio de grande, médio ou pequeno porte, tradicional ou startup, essa é a melhor ocasião para pensar e refletir em como expandir suas operações nacional e internacionalmente, além de ampliar a sua rede.

5 - A Expoblockchain é parceira da Campinas Tech

A Campinas Tech reconhece todo o potencial do evento, e todo o impacto e fortalecimento que ele certamente trará para o nosso ecossistema. Por isso, somos parceiros oficiais da ExpoBlockchain! Durante o sábado, estaremos lá prestigiando o evento e também buscando oportunidades. Assim, você pode aproveitar para nos conhecer melhor, tirar suas dúvidas e quem sabe entrar para a nossa comunidade.

 



Não deixe de participar do ExpoBlockchain 2019! Inscreva-se via Sympla.

Bate-papo exclusivo com Ítalo Borssatto, um dos convidados do ExpoBlockchain 2019

Após se formar em Ciência da Computação, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ítalo Bastos Borssatto iniciou uma trajetória de sucesso na indústria de software. Fundador da Mobart, empresa desenvolvedora do Velis (plataforma de vendas para atacadistas), Borssatto também integra o corpo de especialistas em Blockchain da ConsenSys. Tanto conhecimento na área o levou a ser convidado para participar do ExpoBlockchain, evento que será realizado em Campinas (SP), no dia 08 de junho, e conta com o apoio do Campinas Tech. Na entrevista abaixo, Borssatto conta um pouco mais sobre este e outros assuntos. Confira!

Ítalo Borssatto, fundador da Mobart e convidado do ExpoBlockchain 2019 | Foto: Ítalo Borssatto/Divulgação.

Você poderia começar nos contanto um pouco sobre a trajetória profissional?

Ítalo: Claro. Sou um empreendedor com mais de 20 anos na indústria de software. Após me formar na UFMG, em Ciência da Computação, fundei minha primeira empresa e desde então não parei mais. Foram três negócios até fundar a Mobart, empresa desenvolvedora do Velis – plataforma de vendas para atacadistas. Além disso, tive experiências profissionais na França, Dubai e Índia e pude trabalhar com pessoas renomadas. Por exemplo: já trabalhei em um projeto liderado por Ben Goertzel, fundador e CEO da SingularityNET, e tive experiência em Recuperação de Informação junto ao Nívio Ziviani, renomado pesquisador brasileiro. Agora, tenho orgulho de fazer parte da ConsenSys, empresa norte-americana de tecnologia de software Blockchain.

Quando e como você começou a se especializar em Blockchain?

Ítalo: em 2013, meu sócio, Daniel Novy, saiu da Mobart para fundar a Exchange BaseBit. Foi quando comecei a dar atenção ao assunto. Neste mesmo ano ele me convenceu a fazer as primeiras negociações em bitcoin. Em 2015, recebi o primeiro convite da ConsenSys, participando como voluntário no desenvolvimento de uma wallet (carteira digital) e fazendo parte dos canais de slack (conjunto americano de ferramentas e serviços proprietários de colaboração em equipe) da empresa. Em 2017, a ConsenSys iniciou sua atuação em Dubai e fui convidado a me juntar ao time. A ConsenSys é uma empresa de vanguarda, especializada em Blockchain, principalmente no Ethereum, que está empenhada em oferecer soluções para um mundo decentralizado.

Como será a sua participação no ExpoBlockchain?

Ítalo: vou participar de um painel, discutindo as tendências atuais e aplicações do Blockchain na prática. Na ConsenSys tenho o privilégio de acompanhar as tendências e a adoção do Blockchain pelo mundo, bem como participo de algumas iniciativas relacionadas à gerência de identidade e Supply Chain, sobre as quais poderei passar mais informações durante o evento.

Qual a importância deste evento para o ecossistema empreendedor da Região Metropolitana de Campinas?

Ítalo: o Blockchain é uma tecnologia que permite a criação de soluções inovadoras e disruptivas. Por esse motivo, é importante começarmos a entender melhor as possibilidades de aplicação da tecnologia, principalmente as aplicações que vão além das criptomoedas.
Disseminar este conhecimento pode fazer com que empreendedores comecem a pensar na tecnologia como uma solução para seus desafios.

Qual é a sua relação com a Campinas Tech?

Ítalo: entrei para a Associação Campinas Startups (ACS) em 2014, como fã e participante assíduo das mentorias pareadas. Minha atuação no Campinas Tech atualmente é como um membro, através do Velis, um dos produtos da Mobart.

Como você enxerga o apoio do Campinas Tech ao ExpoBlockchain?

Ítalo: As discussões que ocorrerão no ExpoBlockchain podem trazer insights para grande parte dos membros da Campinas Tech. Nada mais natural do que existir este apoio por parte da associação!


Redação por:

Há Propósito Comunicação, membro da comunidade Campinas Tech.



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Da ciência da Química para catalisador do empreendedorismo

Azarite compartilha sua trajetória profissional e os indicadores da Venture Hub

José Eduardo Azarite - vice-presidente de Corporate Innovation da Venture Hub | Foto: Ariela Maier/Campinas Tech.

José Eduardo Azarite é vice-presidente de Corporate Innovation da Venture Hub, um hub de aceleração de startups e inovação corporativa que desenvolve e opera programas de aceleração e inúmeras ações de fomento ao ecossistema de inovação e empreendedorismo na Região Metropolitana de Campinas. Conheça um pouco mais sobre a história da Venture Hub e o que ela está fazendo para trazer mais inovação à nossa área:

Por que a Venture Hub foi criada?

O cenário econômico e de negócios atual no Brasil apresenta forte projeção para o surgimento e crescimento de startups e além disso oportunidades de trabalho serão cada vez mais geradas através do empreendedorismo. Empresas de todos os tamanhos cada vez mais percebem que a cultura de inovação interna e também a inovação aberta são fortes vetores de crescimento sustentável. Diante desse cenário, uma aceleradora de startups e inovação corporativa pode se posicionar e essa foi a oportunidade que a Venture Hub vislumbrou.

Por que Campinas foi escolhida como cidade de implantação?

Campinas/região é um forte polo com uma boa infraestrutura na área de educação, com a presença de importantes instituições de ensino e pesquisa, apresentando ativos intelectuais de alta qualidade e nível global. Da mesma forma, grandes empresas estão localizadas na região, com acesso a tecnologias competitivas a nível mundial.

Além disso, enxergamos como matéria-prima para nós, os empreendedores, e temos que estar em um lugar com pessoas querendo empreender e, preferencialmente, em negócios que possam ser escaláveis em uma visão global. Acreditamos que o ecossistema de Campinas é uma área extremamente fértil para geração de pessoas com mindset empreendedor, além de ser um celeiro de profissionais na área tecnológica.

O que a Venture Hub tem feito para promoção da inovação e empreendedorismo?

A Venture Hub apoia a realização de todas e quaisquer iniciativas que possam promover o amadurecimento do ecossistema de inovação e empreendedorismo. Por exemplo, promoção de eventos e meetups com temáticas tecnológicas em sua maioria, tais como, como Biotech, Blockchain, Investimento (em conjunto com a CampinasTech), Agtech, Inteligência Artificial, dentre outras iniciativas em parceria com outras instituições, comunidades ou empresas. Esses eventos acontecem de maneira a atrair os olhos das pessoas que gostam dessas áreas, aproximando investidores, pesquisadores e corporações que buscam por inovação e pessoas empreendedoras.

Também operamos e desenvolvemos programas de aceleração onde passam mais de 70 startups por ano. Um ótimo exemplo que ilustra esse cenário é o Founder Institute, maior aceleradora de StartUps em fase inicial do mundo, que é dirigido em Campinas pelos sócios fundadores da Venture Hub. Em adição a isso, temos outros programas de aceleração para estágios mais avançados na jornada de uma Startup.

Quantas empresas já passaram pela Venture para aceleração?

Ao todo, mais de 120 Startups já foram aceleradas desde a criação da empresa. Começamos como uma Venture Builder em 2016, num modelo mais customizado “caso a caso”, até que os sócios entenderam e aplicaram um modelo de escala. A partir daí os números cresceram substancialmente, com cerca de 30 Startups aceleradas em 2017, 50 em 2018 e estimadas 70 para 2019.

Quais são os parceiros da Venture Hub, e como vocês atuam em sinergia/parceria? Pode nos dar um exemplo?

Como atuamos de forma neutra em relação aos diferentes atores do ecossistema, as parcerias e a colaboração são fundamentais para o desenvolvimento do nosso negócio. Destaco como alianças institucionais principalmente a Fundação Fórum Campinas Inovadora e Campinas Tech.

No que tange educação, temos diversas parcerias com instituições de ensino, com destaque para Inova Business School, onde atuamos de forma conjunta na curadoria de Masters de extensão e pós graduação; PUC-Campinas, oferecendo cursos de extensão focados em ecossistema e empreendedorismo; Unicamp, com apoio aos programas de empreendedorismo focados em Inovação, como por exemplo o Desafio Unicamp. Além de outras instituições parceiras como Facamp, UFSCar, Mackenzie, etc.

Também temos parcerias relevantes com Institutos de Ciência e Tecnologia, tais como CPqD, atuando no fomento a áreas tecnológicas como Blockchain, IoT, AI, etc; Embrapa, com atuação forte em tecnologia para o Agronegócio; ICTS do qual somos parceiros em programas de aceleração de startups de base tecnológica, com ênfase em automação bancária e de processos industriais. Outros ICTs como Venturus, IAC, ITAL, etc., também estão em nossa rede de maneira bem ativa.

Existem planos de expansão para outras cidades?

A Venture Hub já está presente em San José, no Vale do Silício na Califórnia, onde já exercemos a conexão com ecossistemas locais e mundiais por meio de um spot proporcionado por um investidor da empresa. Temos intenção de expandir para outros ecossistemas "férteis" do país. Possuímos um modelo de Hub de Inovação que pode ser replicável e escalável para outros locais, já em avaliação.

Lendo um pouco sobre sua trajetória profissional, por que da formação em Química você quis seguir para a área de marketing e inovação?

Depois da minha formação em Química na Unicamp em 1983, fui pesquisador na área em uma instituição governamental, que foi privatizada em 1998. Foi então necessário a criação de uma área comercial, para a qual eu me preparei fazendo um MBA em Marketing e uma formação em “Processo Criativo”, as bases para o que atualmente denominam “Design Thinking”. Desta forma, me candidatei e acabei responsável pelo desenvolvimento de negócios, vendas e marketing da Fundação CPqD.

Em 2014, além de vice-presidente no CPqD, passei a ser presidente da Fundação Fórum Campinas Inovadora, que é uma instituição que busca promover o desenvolvimento regional através da inovação e do empreendedorismo. Foi nesse período que digo que “fui picado por um bichinho” que me fez perceber o poder do ecossistema organizado, enxergando em Campinas e região um território com forte vocação para o desenvolvimento baseado no conhecimento.

Comecei então a atuar institucionalmente para colaborar com o aprimoramento desse ecossistema. Vi que havia uma oportunidade forte para o futuro em me posicionar e estar presente e atuante com base em inovação aberta e empreendedorismo. Saí do CPqD em Janeiro de 2018, me tornando sócio na Venture Hub-Corp, onde sou um dos responsáveis pelas ações de inovação corporativa e da conexão do mundo das startups com as grandes empresas que veem nesse contexto a possibilidade de desenvolvimento de negócios, parcerias e investimentos.

A Química é a ciência das interações, pois todos os compostos químicos estáveis fazem boas “combinações” entre moléculas e átomos, e gosto de aplicar essa analogia ao atual mundo dos negócios e do trabalho, em que um ecossistema virtuoso é como se fosse resultado da “boa química” das interações entre as pessoas que estão nesse ecossistema.

Eu trouxe da Química a metáfora das boas interações, de modo que enxergo o networking como a química perfeita.

Quais foram e quais estão sendo os principais desafios da Venture Hub, seja na hora de acelerar empresas ou em outras ações?

Um desafio importante que temos é atrair bons empreendedores. Dizemos que uma boa ideia na mão de um mau empreendedor não vai resultar em bons negócios, mas uma ideia não tão boa nas mãos de um empreendedor de bom perfil, focado, assertivo e resiliente certamente tem maiores chances de sucesso. Queremos nos tornar o principal lugar onde bons empreendedores querem estar!

Outro desafio, é que o Brasil passa por um momento interessante. Muitos investidores têm olhado para nossos empreendedores com bons olhos, mas ainda temos um ambiente de negócios um pouco conturbado. Estamos sendo insistentes, em permitir que esses bons empreendedores “surfem” nesse ambiente conturbado, mostrando para eles que qualquer empreendimento que passe por aqui, tem que possuir uma visão exponencial e de internacionalização.

Quais os próximos passos da Venture Hub? Serão diferentes frentes das citadas anteriormente?

O nosso DNA tem a ver com startups e empreendedorismo, mas para chegar nessa relação com perfeição, temos que fazer a conexão desse mundo com o ambiente de negócios. Por isso, estamos agindo fortemente com inovação corporativa e metodologias ágeis, levando para as grandes empresas o jeito de pensar das startups, com programas de transformação cultural até a aproximação dessas empresas com startups para investimentos ou parcerias. Alguns dos nossos clientes são a L’Oréal, Philip Morris, AGV Logística, Scholle IPN, dentre outras.

Tem algum ponto importante e que deseja falar nessa entrevista que não foi abordado?

Acreditamos muito no papel que a Campinas Tech tem para turbinar a cultura empreendedora na região. Precisamos de uma instituição que atue na base da pirâmide, com ênfase nas boas práticas de ecossistemas em que a colaboração e a cultura do risco e da tolerância ao erro sejam pilares quase que “doutrinários”, abrindo espaço para o surgimento de muitos e muitos empreendedores. Por isso, 100% das ações da Campinas Tech são apoiadas pela Venture Hub, pois boas comunidades geram ambientes para geração de negócios.


Entrevista e texto por:

Por Ariela Maier – Redação do Campinas Tech.

Campinas Tech promove Talk Show Empreendedor aos alunos do Anglo Paulínia

1º Talk Show de 2019, realizado na Unicamp em parceria com a Liga Empreendedora | Foto: Campinas Tech.

A Campinas Tech promove no próximo dia 18 de maio mais uma edição do Talk Show de Educação Empreendedora, cujo objetivo é incentivar estudantes a planejarem suas carreiras de maneira mais inovadora. O Talk Show Empreendedor será destaque no período da manhã durante a Mostra de Profissões, realizada pelo Colégio Anglo de Paulínia aos estudantes do Ensino Médio.

No dia 18, os entrevistados serão os empreendedores Leonardo Pinheiro e Adriana Roma. Leonardo é o mais novo associado da Campinas Tech, organizador do Startup Weekend, e falará sobre os desafios pela busca de soluções inovadoras na carreira e também sobre sua experiência como Project Leader à frente da CPFL Energia. Já Adriana é empreendedora na área na empresa Há Propósito Comunicação, fundadora do site EncontroELAS, dedicado ao empreendedorismo feminino, e membro da Campinas Tech.

O evento será mediado pelos membros do Campinas Tech, Wlademir Guilherme Jr. e Douglas Akassaka, responsáveis pela iniciativa. Wlademir explica que o talk show é uma contribuição do Campinas Tech aos jovens que em breve estarão no mercado de trabalho, e que visa atender à necessidade latente no país de fomentar o empreendedorismo.

“Os cursos mais técnicos ensinam a trabalhar a organização e o planejamento, mas a essência do empreendedorismo não é ensinada. É importante preparar os jovens para um novo momento, principalmente diante deste cenário difícil do mercado de trabalho. A nossa intenção é provocar os alunos, fazer com que conheçam histórias inspiradoras por meio dos entrevistados e que possam interagir com ele e com os membros do Campinas Tech. É uma oportunidade de levar nosso conhecimento para dentro da universidade e escolas”, ressalta Wlademir.

2º Talk Show de 2019, realizado na PUC-Campinas e parte da programação oficial do Dia Mundial d Criatividade | Foto: Campinas Tech.

Educação Empreendedora

O Talk Show é um painel com empreendedores e especialistas, levados aos ambientes escolares - faculdade, universidade, escolas técnicas e de Ensino Médio de Campinas e Região. A iniciativa é de responsabilidade dos membros do Campinas Tech, da frente de trabalho de “Educação Empreendedora”. O objetivo é criar um ambiente dinâmico e interativo para despertar nos estudantes um novo ponto de vista diante da carreira escolhida, para que possam planejar sua trajetória profissional vislumbrando novas possibilidades, que não apenas o emprego tradicional dentro de empresas. Este será o terceiro evento realizado em 2019. As edições anteriores foram realizadas na PUC-Campinas e na Unicamp.

Comunidades de Startups: por que aqui? O papel do governo e da comunidade local

Reunião de Ecossistema da Campinas Tech. Dezembro 2018.

Introdução - Comunidades de Startups

Os casos das startups "unicórnios" Movile e iFood, Nubank, 99 e Netshoes, colocam o Brasil no mapa global das startups. Recentemente, provamos nosso valor com cases de sucesso que trouxeram aos brasileiros a realidade de negócios que resolvem grandes problemas e que crescem rapidamente. Mesmo com a concorrência de iniciativas globais, que aparentemente demonstram mais ímpeto e capacidade de execução do que as iniciativas nacionais, conseguimos demonstrar que podemos gerar negócios de altos impacto e valor.

Esses casos de sucesso aumentam as discussões em torno do tema e o que se nota é que, cada vez mais, surgem iniciativas que buscam agregar startups, reunir empreendedores e gerar awareness sobre o assunto por meio de eventos e atividades relacionadas.

As comunidades prósperas são as responsáveis de fato pela sustentabilidade e catalisação do processo empreendedor a longo prazo, auxiliando no crescimento das startups e fomentando que novos empreendedores surjam. Conseguir construir uma comunidade de startups trará crescimento para uma região ou localidade.

Quem nunca ouviu falar do Vale do Silício? Sua riqueza e relevância não surgiram “do nada”. Existem alguns fatores que fazem com que o principal movimento de inovação e empreendedorismo do mundo aconteça naquela região.

Acredito que Campinas é uma comunidade protagonista no Brasil. Aqui surgiu a primeira associação de startups do país, a Campinas Startups, a qual hoje se tornou Campinas Tech, por assumir uma abordagem mais abrangente com relação ao empreendedorismo e ao papel social da instituição de fato. São muitas iniciativas de sucesso que começaram por aqui: a própria Movile, QuintoAndar, Ci&T, Sensidia, Superlógica e PJBank, Agrosmart, I-Systems, Dentro da História, Shawee e Assertiva. Neste momento, estamos construindo um ecossistema que facilita de fato o surgimento de empreendimentos de grande impacto, em um trabalho sem qualquer precedente no Brasil.

O ecossistema de empreendedorismo é composto por diversos players conforme mostra a figura abaixo. É objetivo deste texto comentar os fatores que fazem comunidades apresentarem um aspecto local, apontando como os governos locais podem fomentar o surgimento desta comunidade. Além disso, explico como uma comunidade de empreendedores colabora para o fomento do empreendedorismo de longo prazo.

Sobre os fatores de adensamento

Em um mundo onde a localização importa cada vez menos, é importante entender o que faz com que comunidades de startups surjam em determinadas regiões geográficas do globo uma vez que isto pode indicar características comuns que permitam replicar tais comunidades. As principais explicações levam em consideração aspectos econômicos, sociais e demográficos.

A concentração de startups em uma área permite ganhos de escala externos a elas e este é o aspecto econômico da concentração. Ganhos relacionados à infraestrutura, ambiente regulatório (burocracias e taxas), presença de serviços especializados de advocacia e contabilidade, acesso a capital (investidores), concentração de talentos (universidades), etc. Assim, empresas concentradas em uma localização irão ratear os custos da existência desta infraestrutura, gerando ganhos de escala, o que potencializa o crescimento dos participantes desta região ou comunidade.

Dentre todos os provedores destes ganhos, com certeza as universidades e as instituições de ensino e formação de talentos são as mais relevantes, sendo que a ausência destas reduz em muito as oportunidades de adensamento por ganhos de escala. As universidades são extremamente estratégicas neste sentido.

A participação do governo local é importante para guiar a ocupação do território, através dos Planos Diretores, para a atração de universidades e centros de formação de talentos, redução da burocracia, aumento dos incentivos fiscais, e para disponibilização de infraestrutura de qualidade para o bom desenvolvimento dos negócios.

Do ponto de vista sociológico, a cultura de abertura das principais empresas e compartilhamento de informações causam efeitos de rede que aumentam a concentração de empreendedores e empreendimentos naquela região. O simples fato de alguns empresários colaborarem com outros, incentivarem o crescimento de outros e compartilharem experiências, fomenta o surgimento de outros empreendedores e abre o mercado. Isso catalisa o processo e o principal exemplo disso é o próprio Vale do Silício. Esta cultura de abertura e compartilhamento de informações entre seus principais players permitiu uma evolução muito mais rápida do que de outras localizações de características similares.

Relatos sobre CEOs compartilharem informações são muito comuns, o que catalisou todo processo empreendedor da região. Nesse sentido, é papel do governo local incentivar instituições que promovem a troca de experiências e propiciam momentos de contato e geração de colisões, que é o princípio básico do fomento à inovação. Novamente, podemos entender o papel de suporte do governo local para incentivo às iniciativas.

Finalmente, do ponto de vista demográfico, pessoas de alto potencial, criativas, inventivas e com grandes quantidades de informação pretendem viver em locais de alta qualidade de vida, onde exista uma cultura de tolerância ao diferente e às novas ideia, e, mais importante, cercado de pessoas que se pareçam com elas. Isso justifica o adensamento em torno de regiões geográficas. Nesse sentido, é papel do público legislar sobre a diversidade e apoiar o trabalho das instituições de ensino, de tal forma a suportar a existência de ambientes diversos e com valores positivos para o crescimento das comunidades.

O papel da Comunidade

A comunidade de empreendedores é quem de fato faz a diferença na formação de empreendedores e empreendimentos no longo prazo. Essa é uma releitura de uma afirmação importante do livro “Startup CEO”, de Matt Blomberg, onde o autor cita que "um conselho empreendedor é um ativo de valor incalculável para o empreendedor", ou seja, sendo um ativo de altíssimo valor, a criação destes conselhos é o que de mais importante pode ser gerado dentro da comunidade.

Um dia conversando com um amigo, falamos sobre o poder do compartilhamento de informações por parte de grandes empreendedores e a capacidade de atração de empresas e talentos para determinada região a partir disso. Disse ele: "Se o CEO da empresa XPTO se reunir com 10 jovens de alto potencial e explicar para eles o processo de conseguir faturar R$100 milhões em 10 anos, então esses jovens não terão o direito de demorar 10 anos para conseguirem o mesmo resultado". De fato, se um empreendedor desse porte oferece este tipo de conhecimento, então o papel da comunidade e do empreendedor passa a ser extremamente relevante para a atração de talentos para determinada região.

Apenas essa iniciativa tem potencial de atração de talentos nacionais para participação no programa e, nesse momento, a presença de outros fatores de adensamento, como citados acima, passam a ser menos relevantes na opção do empreendedor de construir um negócio na região.

Para chegar a esse nível e para conseguir que este tipo de iniciativa e percepção emerja de um ambiente de colaboração, gestão horizontal e criatividade em torno da problemática do empreendedorismo de alto impacto, é necessário trabalho sério e focado na construção e estabelecimento da comunidade. Esse tipo de efeito é derivado do trabalho de instituições criadas em torno de um propósito forte, embasado por conhecimento científico e empírico, trazido e traduzido de outras experiências ao redor do mundo. Em Campinas, desenvolvemos a hipótese do Funil Empreendedor e estamos a validando e medindo os resultados por meio de experimentos reais. Esse assunto será tratado em outros posts.

Logo, o papel da comunidade é trazer os empreendedores para atuarem no processo de evolução de outros empreendedores, do ambiente, dos investidores, das instituições de ensino e do ambiente regulatório, ou seja, do sistema complexo que envolve o empreendedorismo de forma global. Dessa forma, a comunidade representa as dores dos empreendedores e suas iniciativas próprias que melhoram o sistema, sendo assim, definitivamente, o protagonista no desenvolvimento e apoio ao processo empreendedor de longo prazo, regional e através das conexões de redes, nacional e internacional.

É importante que cada um dos players entenda seu papel e exerça suas capacidades de forma plena, sem confundir os papéis com outros players, promovendo assim a sinergia e a confluência de ações.


Texto por:
Raul Cardoso
, empreendedor e Presidente da Campinas Tech.

Da ficção para a vida real, conheça a história do fundador da Pipehline

Desde a infância, Tercio Dias Pereira se encantava com filmes de personagens que começavam sua trajetória profissional do zero e, ao final, conseguiam construir grandes empresas. Inspirado por essas histórias, Tercio resolveu trilhar o seu próprio caminho dentro do empreendedorismo ainda na juventude. Atualmente, ele é o fundador e diretor executivo de Novos Negócios da Pipehline, empresa especializada em consultoria de Vendas e Marketing. Conheça um pouco mais sobre a carreira dele:

Tercio Dias Pereira | Foto: Divulgação

Poderia começar contando um pouco sobre a sua trajetória empreendedora?

Com esta maturidade de consciência que tenho hoje, comecei por volta de 2000. Na época, eu deva aula na Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Jundiaí, e vários professores também trabalhavam como consultores independentes e/ou eram empresários. Com isso, trocávamos experiências sobre casos de sucesso e fracasso no
mundo empreendedor. Me lembro que ficava angustiado com o tempo que eles tinham para viver seus negócios, enquanto eu nunca tinha tempo de pensar em uma vida destas para mim. Sempre trabalhei muito para as empresas como funcionário e me sentia sufocado.

Quando este cenário mudou?

Eu trabalhava em uma grande empresa de tecnologia como Gerente de Filial e, em certa ocasião, um de nossos clientes me perguntou se eu poderia ajudá-lo a estruturar a sua área comercial. Daí eu pirei! Agradeci e recusei o convite, pois havia choque de interesses profissionais naquele caso, mas aquilo me inspirou e senti que era o momento de mudar minha vida. Coincidentemente acabei saindo da empresa pouco tempo depois e fui rapidamente assessorar este cliente. Foi nesta época que montei a Pipehline. Sozinho, inicialmente. Apanhei muito no começo e entendi que precisaria entender melhor o mercado de startups e novos modelos de negócios. Foi quando comecei a conhecer vários cursos na área e também a Associação Campinas Startups (ACS), hoje conhecida como Campinas Tech.

Houve algum momento de virada na construção do seu negócio?

Sim. Em um destes workshops acabei conhecendo meu sócio Rodnei Albuquerque. A partir de então, focamos na consultoria de Marketing e Vendas. Notamos que os empreendedores tinham muita dificuldade em decolar suas vendas, pois o mercado estava mudando rapidamente e eles não percebiam. Então entramos neste nicho e acertamos em cheio!

Quais foram os principais desafios que você precisou vencer ao longo desta trajetória?

Inicialmente, o desafio foi achar um modelo consistente e padronizado de implantação e sucesso. Iniciamos com Inbound Marketing puro, método que sempre fazia muito sentido para o mercado na época, mas no qual os resultados demoravam muito para chegar. Fomos pesquisando outros modelos de negócio e aprendendo coisas novas, chegada de novos parceiros, até acharmos o caminho certo. Outro desafio foi passar pelo ano de 2018, que afetou muito os negócios. A retração econômica foi muito forte em uma fase que estávamos com todas as turbinas ligadas. Sobrevivemos, mas foi complicado.

Tercio Dias Pereira | Foto: Divulgação

Como os desafios citados anteriormente foram enfrentados?

Com muita comunicação e humildade para escutar os clientes, comunicar internamente tudo o que estava acontecendo na empresa, trocar muita ideia e estabelecer métricas fáceis de extrair. Além de muita confiança e coragem de que
conseguiríamos passar por estes desafios!

Quais dicas você dá para quem deseja iniciar um novo negócio?

Conheça profundamente seu mercado, teste e pesquise muito sobre ele para entender se você realmente consegue resolver a dor deste segmento. Além disso, use métricas para entender os limites de suas capacidades e competências. Tenha humildade de pivotar e de buscar ajuda, afinal, ninguém nasce sabendo, bem como coragem e perseverança, pois ser empresário no Brasil é uma tarefa para heróis. Por fim, vá para a rua e venda! Sem cliente, você não tem uma empresa.

Você considera a região de Campinas é um bom lugar para os que desejam iniciar um novo negócio?

Sim. Se não fosse o ecossistema empreendedor de Campinas, a Pipehline nem teria nascido! Tem muita gente porreta, trabalhando muito para o sucesso da vida empreendedora. Sou muito grato a todos que conheci e que me ajudaram muito.

Na sua visão, o que a região oferece ou deveria oferecer como atrativo aos empreendedores?

O empresário precisa ter acesso a informações de muitas áreas empresariais diferentes e conseguir dividir suas dúvidas, problemas, etc... Na minha opinião, organizações como o Campinas Tech, bem como os coworkings e aceleradoras, estão se destacando justamente por atender estas demandas. Acredito que a região esteja no caminho certo!

 


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